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Santos Silva diz que Governo não seguirá "lógica pisca-pisca" em busca de entendimentos

Santos Silva diz que os resultados eleitorais convidam a um "diálogo frutífero e continuado" e que as condições "estão definidas para a legislatura".

Tiago Petinga/Lusa
31 de Outubro de 2019 às 12:35
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Augusto Santos Silva, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, garantiu que o Governo não vai entrar numa "lógica pisca-pisca", em busca de equilíbrios ocasionais no Parlamento, mas avisou que vai governar com o seu Programa. Frisando bem a divisão esquerda-direita, sublinhou que só será possível deitar abaixo o Executivo traindo o eleitorado.

"Cometeria um enorme erro de análise quem pensasse que o Partido Socialista e o seu Governo retirariam dos resultados eleitorais a ideia de que agora se trataria de manobrar taticamente, buscando em cada momento os equilíbrios necessários para a sobrevivência, numa lógica pisca-pisca, manobrando por aqui ou por ali consoante as necessidades e as oportunidades de cada ocasião," disse Santos Silva. 

Com esta garantia, o ministro vai ao encontro dos pedidos que têm sido deixados pela esquerda, que tem avisado que é importante que o Governo não se concentre em ter apenas a aritmética que o impede de cair. O BE tem mesmo lamentado a falta de vontade dos socialistas para se comprometerem com um entendimento prévio à apresentação do programa de Governo, tal como aconteceu em 2015.

Porém, Santos Silva também avisou que será com o seu programa que vai governar: o Executivo vai "responder coerente e sistematicamente aos desafios estratégicos, com o nosso programa e a nossa linha de rumo," disse.

Depois, foi mais longe e responsabilizou a esquerda por uma eventual falta de estabilidade política. "O aviso é que, nesta composição parlamentar, só é possível retirar as condições básicas de governação ao Governo do Partido Socialista através da constituição de uma coligação negativa e contranatura entre o centro-direita e direita e todas as forças à esquerda do PS - e todos sabemos, na maioria parlamentar, que isso seria uma traição ao nosso eleitorado". 

Santos Silva fez questão de vincar bem a diferença entre a esquerda e a direita políticas, colocando a direita claramente do lado da oposição, "que se consome nas guerras de alecrim e manjerona entre centristas, conservadores e liberais". Ainda assim, a direita será procurada para os "compromissos e entendimentos alargados" em agendas de longo prazo de políticas públicas, para "garantir a sustentabilidade das orientações de fundo, para além da natural alternância de governos".

Já as restantes forças políticas, os "novos parceiros" ou os "parceiros mais fortes", defendeu que enriquecem a qualidade e aumentam a eficácia da maioria parlamentar.
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