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Recondução de Centeno? Montenegro já tem "seguramente" uma ideia, mas só anunciará decisão no final do mandato
Primeiro-ministro afirma que "ninguém toma uma decisão dessas", sobre a renovação ou não do mandato do governador do Banco de Portugal, "a ano e meio de distância". Mandato termina no verão de 2025.
O primeiro-ministro não quis revelar se vai reconduzir o governador do Banco de Portugal no cargo, dada a distância a que nos encontramos em relação ao fim do mandato, mas assume que já tem uma ideia sobre que decisão tomará no verão do próximo ano.
Em entrevista à SIC, Luís Montenegro afirmou que só responderá à questão de uma eventual renovação do mandato de Mário Centeno "no final do mandato", ou seja, mais próximo de julho de 2025.
"Ninguém toma uma posiçao dessas a meio ano de distância", adiantou o chefe do Executivo após a insistência de Maria João Avillez, que conduziu a entrevista em São Bento.
Questionado sobre se já tem um "buzz" sobre o que fazer no verão do próximo ano, o primeiro-ministro sorriu e disse apenas "seguramente".
As palavras de Montenegro surgem no mesmo dia em que Mário Centeno teceu duras críticas ao Governo, sugerindo a necessidade de uma "almofada para o futuro".
Na apresentação do boletim económico do outono, o governador afirmou que "num momento de ciclo económico positivo, de emprego e salários a aumentar, e com a política monetária numa fase descendente, é o momento de todos os agentes económicos constituírem poupanças".
Centeno alinhou com os riscos já identificados com o Conselho das Finanças Públicas, que admitiu que uma medida como o IRS Jovem - que no seu desenho inicial implicava um impacto de mil milhões - levaria as contas públicas ao défice.
No boletim económico, o próprio Banco de Portugal frisa que a política orçamental prevista, e que se antecipam continuar a ser expansionista, "gerará a necessidade de um ajustamento posterior numa fase menos favorável do ciclo económico".