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Presidente Marcelo já passou 177 horas nas televisões generalistas
Um estudo da Marktest dá números ao mediatismo do chefe de Estado desde a eleição – e só inclui a informação dos canais generalistas. É mais tempo do que Cavaco e Sócrates juntos, quando coincidiram em Belém e São Bento.
Sete dias seguidos em frente à televisão não seriam suficientes para rever todos os conteúdos de informação que nos últimos dois anos passaram nos quatro canais generalistas (RTP 1, RTP2, SIC e TVI) e que tiveram como protagonista o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A (omni)presença mediática do chefe de Estado é reconhecida e comentada desde que o antigo comentador televisivo foi eleito a 24 de Janeiro de 2016, sucedendo a Cavaco Silva. Mas os dados da Marktest, citados esta quarta-feira pelo jornal Público, expressam em números essa assiduidade televisiva: 177 horas, 7 minutos e 48 segundos.
Nos 24 meses que leva no cargo, Marcelo foi o político com maior tempo de antena em 15 – suplantado nesses períodos sempre por António Costa. Só em dois meses é que ficou abaixo do segundo lugar neste ranking: em 10.º em Fevereiro de 2016, enquanto não tomava posse e se colocava no centro da vida política portuguesa; e em 6.º em Setembro de 2017, dominado pela campanha para as eleições autárquicas, em que cedeu o palco aos líderes partidários.
As 88 horas que só no ano passado "passou" em duas mil notícias emitidas por estes canais – estão excluídos nesta contabilização os canais por cabo, os vídeos na Internet, os jornais e a rádio – superaram, segundo a análise do Público, as horas que Cavaco Silva e José Sócrates somaram em 2007, igualmente o segundo ano em que coincidiram em Belém e São Bento.
Portugueses dão 18 valores a Marcelo
Marcelo Rebelo de Sousa venceu as Presidenciais com 52% dos votos. Volvidos dois anos, as sondagens mostram que tem o apoio de muitos mais portugueses. O barómetro da Aximage revela que 87% avalia "bem" o trabalho do Presidente da República, que recebe uma nota de 18,2 valores (de zero a 20), mantendo a popularidade quase intacta durante o exercício do poder.
Este é um nível de popularidade muito alto, que o antecessor nunca atingiu. No entanto, como o Negócios noticia esta quarta-feira, manter dois anos de estado de graça não é nenhuma proeza. Também Cavaco Silva os teve: em Janeiro de 2008, de acordo com o barómetro da mesma empresa, a avaliação de 15,5 que registava era idêntica à que recebera no início do seu mandato, após derrotar Manuel Alegre e Mário Soares.