Notícia
Paulo Portas, um Poderoso da Economia desde 2012
Durante quatro anos consecutivos Paulo Portas esteve na lista dos 50 mais poderosos da economia portuguesa. Em 2013 chegou ao “top 3”. Um líder que agora se demite do CDS. Regressará aos Poderosos?
O presidente do CDS Paulo Portas comunicou na segunda-feira à noite à comissão política nacional que não se recandidataria à liderança do partido. Termina (ou interrompe?) uma longa liderança do CDS iniciada em 1998 e apenas interrompida dois anos, entre 2005 e 2007, quando esteve na presidência do partido José Ribeiro e Castro.
Na lista dos 50 mais Poderosos da economia portuguesa, Paulo Portas entra pela primeira vez em 2012, como 21º. Já estávamos na era da coligação PSD/CDS com Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro mas Paulo Portas era nesta altura ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e o terceiro na hierarquia do Estado. O segundo era Vítor Gaspar que nesse ano foi o segundo mais Poderoso.
A crise do "irrevogável" que se revogou marcou Julho de 2014. Paulo Portas não queria Maria Luís Albuquerque a substituir Vítor Gaspar que se demitiu a 1 de Julho– nos últimos tempos notava-se que os dois se davam mal.
Pedro Passos Coelho comunica ao país que não desiste e Paulo Portas acaba por "revogar o irrevogável" ascendendo a vice-primeiro-ministro. É nesse ano que tem uma subida fulgurante no 'ranking' dos mais Poderoso da economia portuguesa. Em 2013 será o 4º Mais Poderoso. Será o seu melhor lugar desde que o Negócios lançou a iniciativa editorial Poderosos.
Em 2014 desce para a 9ª posição, mantendo-se no "top 10". Mas não no "top 5". O espaço mediático e poder que tinha como ministro dos Negócios Estrangeiros perdeu-se após uma grande agitação inicial de encontros com a troika, considerando que conseguiria negociar melhor.
Este ano de 2015 o seu poder ainda caiu mais. Foi o 17º mais Poderoso da economia portuguesa. Foi perdendo espaço mediático e depois de a aliança Portugal à Frente não ter garantido o poder apesar de ter ganho as eleições, Paulo Portas regressa ao Parlamento, continua a ser o parlamentar que comunica mais directamente, de forma simples e assertiva mas sai da liderança.