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O que dizem os candidatos presidenciais sobre a saída de Portas
Para uns uma morte anunciada, para outros a renovação natural à democracia. Saiba quais foram os comentários dos candidatos presidenciais e quem se recusou a analisar o anúncio da saída de Portas da liderança do CDS-PP.
29 de Dezembro de 2015 às 20:57
"A democracia é feita disso, entram uns e saem outros e nunca entram ao mesmo tempo, nem saem ao mesmo tempo porque as instituições são diferentes". Foi esta a reacção de Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado sobre a saída de Paulo Portas da liderança do CDS-PP, quase 16 anos depois enquanto número um do partido.
"Na ditadura, normalmente, tendem a ficar os mesmos, não digo eternamente, mas por longos períodos de tempo", enquanto, "em democracia, os cargos são para serem exercidos por períodos de tempo determinados, por uma missão de serviço", cita a Lusa.
Na opinião de Marcelo, é esta capacidade de "renovação e mudança" que distingue a democracia da ditadura. Uma renovação que faz do ainda líder do CDS-PP um dos líderes mais resistentes em frente a um partido em Portugal.
"Ninguém é proprietário do lugar. Cumpre-se a missão e, terminado esse cumprimento, cede-se o lugar a outros". "Um candidato presidencial e possível futuro Presidente da República não tem que esperar nada sobre as lideranças partidárias", pois, no futuro, "vai ter de se entender com elas todas", acrescentou o professor de Direito e antigo comentador político.
Para o empresário e candidato Henrique Neto, esta era "uma morte anunciada" e não constitui por isso "uma grande novidade". Não obstante, não deixa de destacar a positividade da decisão de Paulo Portas
"Era previsível, com a derrota da coligação, o CDS vai ter dificuldades, agora sozinho, em se afirmar. Portas é um político experiente e sabe que iria ter muitas dificuldades e, provavelmente, voltar, mais tarde ou mais cedo, ao táxi [grupo parlamentar reduzido]. Ele não quer ir para o táxi como há uns anos e saiu, deu lugar aos mais novos. É positivo", analisou Henrique Neto.
Já Maria de Belém e Marisa Matias preferiram não comentar a decisão. Maria de Belém considerou que é uma "decisão interna que deve ser respeitada" no seu espaço de liberdade partidária. A mesma postura adoptou Marisa Matias, candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda.
"Na ditadura, normalmente, tendem a ficar os mesmos, não digo eternamente, mas por longos períodos de tempo", enquanto, "em democracia, os cargos são para serem exercidos por períodos de tempo determinados, por uma missão de serviço", cita a Lusa.
"Ninguém é proprietário do lugar. Cumpre-se a missão e, terminado esse cumprimento, cede-se o lugar a outros". "Um candidato presidencial e possível futuro Presidente da República não tem que esperar nada sobre as lideranças partidárias", pois, no futuro, "vai ter de se entender com elas todas", acrescentou o professor de Direito e antigo comentador político.
Para o empresário e candidato Henrique Neto, esta era "uma morte anunciada" e não constitui por isso "uma grande novidade". Não obstante, não deixa de destacar a positividade da decisão de Paulo Portas
"Era previsível, com a derrota da coligação, o CDS vai ter dificuldades, agora sozinho, em se afirmar. Portas é um político experiente e sabe que iria ter muitas dificuldades e, provavelmente, voltar, mais tarde ou mais cedo, ao táxi [grupo parlamentar reduzido]. Ele não quer ir para o táxi como há uns anos e saiu, deu lugar aos mais novos. É positivo", analisou Henrique Neto.
Já Maria de Belém e Marisa Matias preferiram não comentar a decisão. Maria de Belém considerou que é uma "decisão interna que deve ser respeitada" no seu espaço de liberdade partidária. A mesma postura adoptou Marisa Matias, candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda.