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Patrões do Minho querem convergência entre PS e PSD: “Este não é o momento dos partidos, é o momento de Portugal”

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) promete continuar a defender “a redução da carga fiscal sobre o trabalho, para que possamos ser mais competitivos a contratar e para que os trabalhadores vejam os seus rendimentos, efetivamente, aumentados”.

Ricardo Costa, presidente da AEMinho.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 03 de Janeiro de 2024 às 10:10

Terminado o ano de 2023, "turbulento em termos políticos e com indicadores que requerem atenção e cuidado no lançamento de 2024", a Associação Empresarial do Minho (AEMinho) entende que "o quadro político que viveremos no novo ano se traduz em grandes decisões que determinarão o futuro do país na próxima década".

 

Perante a interrupção legislativa e o consequente período eleitoral que se avizinha, a associação liderada por Ricardo Costa considera que "esta é uma oportunidade única para que se criem pontes e consensos em relação a matérias fundamentais da vida económica e social do país", preconiza, em comunicado.

 

"Se, por um lado, a democracia é o palco privilegiado para o debate de ideias e de diferenças de opinião, por outro é também o exercício supremo da liberdade", sinaliza, considerando que "o uso da liberdade, no ano em que assinalamos meio século da nossa jovem democracia, deve servir para acentuar e promover a sua maturação enquanto regime que serve, ou deve servir, sempre, para promover o desenvolvimento, o bem-estar social e a garantia dos direitos de todos os cidadãos".

 

Ora, é no quadro do uso dessa liberdade que a AEMinho exalta "os atores políticos, quando entram em cena, novamente, para debater ideias e acentuar diferenças, que convirjam, pelo menos os dois tradicionais do arco da governabilidade, para criarem uma estabilidade política em termos de matérias fundamentais como saúde, justiça e educação".

 

Para a associação empresarial minhota, "a convergência em matérias estruturais não é impeditiva da possibilidade de acentuarem alternativas, para que os eleitores possam escolher".

 

Partindo do pressuposto que "ambos tiveram um papel essencial nestes cinquenta anos de democracia", a AEMinho entende que, "na reflexão a ser feita, perceberão que ambos têm também responsabilidades no que não correu tão bem como seria desejável", pelo que "cooperar e convergir não impede nem castra a opinião, o debate de ideias e as diferenças no momento da escolha".

 

Pelo contrário, conclui, "mostra antes sentido de Estado, responsabilidade e vontade de fazer, de facto, melhor por Portugal".

 

"A AEMinho não é um ator político, não o pretende ser. É antes uma associação representativa de um tecido empresarial que está sempre na primeira linha para colaborar, empregar, acrescentar valor e gerar riqueza", defende.

 

"É por isso nossa responsabilidade sermos os geradores e promotores de consensos de pontes de cooperação", sinaliza.

 

A AEMinho lembra também as "não menos relevantes" eleições europeias: "Na Europa joga-se muito do futuro de Portugal, o que torna fundamental o papel dos nossos representantes nos seus órgãos", exigindo, "mais uma vez, união, cooperação e estratégia concertada para que falemos a uma só voz na defesa dos interesses do país".

 

De resto, "em 2024 continuaremos a defender o Minho como uma região una e rica pela sua diversidade e capacidade produtiva", realça.

 

"Somos um motor da economia portuguesa e teremos de ser vistos e tidos como tal. As empresas minhotas, com os seus empresários e trabalhadores, têm sido uma referência de resiliência, inovação e capacidade de resposta a todas as crises, vicissitudes e instabilidades que vão surgindo ao longo dos anos", afiança a AEMinho.

 

E promete: "Os trabalhadores como centro do ecossistema empresarial continuarão a ser o nosso foco, bem como a persistente defesa da redução da carga fiscal sobre o trabalho, para que possamos ser mais competitivos a contratar e para que os trabalhadores vejam os seus rendimentos, efetivamente, aumentados."

 

Por outro lado, "a formação de quadros como fator de valorização e desenvolvimento terá também a nossa atenção, com a formação de empresários e gestores no topo das prioridades, promovendo uma maior aproximação do nível de formação dos empresários e dos trabalhadores".

 

"Somos do Minho e continuaremos a bater-nos por uma região e por uma comunidade empresarial cooperante e unida na prosperidade e no desenvolvimento", atira.

 

E conclui: "É o momento de pensar o Minho e pensar Portugal sem barreiras ou limites dogmáticos. Este não é o momento dos partidos, é o momento de Portugal."

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