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Patrões do Minho desafiam Costa a "criar condições para salários mais elevados"

Num almoço com o primeiro-ministro, os responsáveis da AEMinho manifestaram também a sua “preocupação com as fragilidades na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e nas consequências em termos de competitividade relativa que isso tem para a economia”.

António Costa e Ricardo Costa, presidente da AEMinho.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 04 de Maio de 2023 às 15:38

No âmbito da iniciativa "Governo Mais Próximo", com uma série de ministros e secretários de Estado a calcorrearem por estes dias o distrito de Braga, a Associação Empresarial do Minho (AEMinho) foi a anfitriã de um almoço em que participou o próprio primeiro-ministro, com o presidente da organização patronal minhota a realçar algumas das suas "bandeiras".

 

Perante António Costa e os ministros da Economia e da Coesão Territorial, Ricardo Costa defendeu "a necessidade de um esforço conjunto entre empresas e Governo no sentido de criar condições para que os trabalhadores recebam salários mais elevados que lhes permitam fazer face a cenários como a inflação, bem como aumentar significativamente a sua qualidade de vida".

 

Nesse sentido, o presidente da AEMinho voltou a manifestar a disponibilidade da associação "para ser um agente ativo no estímulo ao esforço dos empresários em aumentarem salários", mas reiterou que "esse esforço também tem de ser feito pelo Governo, com a redução da carga fiscal sobre o trabalho", sinalizou.

 

"A visão de que trabalhadores e empresários são parte de um ecossistema comum e faces da mesma moeda ao invés de entidades com interesses divergentes" foi reafirmada por Ricardo Costa, "contrariando a generalidade da retórica oportunamente utilizado pela classe política".

 

O líder da AEMinho também manifestou "preocupação com as fragilidades na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e nas consequências em termos de competitividade relativa que isso tem para a economia", assim como "com os jovens que formamos em Portugal e imigram em busca de melhores condições do que as que o país consegue dar", reiterando a sua "apreensão em relação à credibilidade das instituições do Estado que têm vindo a ser constantemente fragilizadas, o que penhora a nossa credibilidade internacional", alertou.

 

Ricardo Costa também abordou a questão da mão de obra e da formação e importação de talento, tendo agradecido "a flexibilização concedida pelo Governo sob proposta da AEMinho, no que respeita a obtenção de vistos para quem venha trabalhar para Portugal", e reforçou a expectativa de "uma maior cooperação entre ensino e mundo empresarial, no sentido de criar uma correspondência entre o que é a oferta de formação e as necessidades do mercado".

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