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Patrões do Minho pedem viabilidade governativa: “Interesse nacional não pode estar sujeito a jogos partidários”

“A saúde, a educação, a justiça e a assistência social, pilares fundamentais de qualquer sociedade contemporânea e progressista, estão num estado de decadência flagrante, configurando um cenário de emergência nacional”, clama a AEMinho.

Ricardo Costa, presidente da AEMinho.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 14 de Março de 2024 às 11:30

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho), na leitura dos resultados eleitorais do passado domingo, "conjugados com as notícias que têm vindo a público sobre os diversos posicionamentos das forças políticas envolvidas neste processo",começa por reconhecer que "em democracia a vontade é expressa pelo voto", considerando que "é crucial que os resultados eleitorais sejam interpretados de forma a refletir fielmente essa vontade".

 

Assim, conclui, "é imperativo respeitar a distribuição de votos e a correlação de forças resultantes, garantindo que todas sejam devidamente consideradas".

 

Nesse sentido, defende ser "essencial que se respeite a distribuição de votos e correlação de forças resultantes dessa mesma distribuição. Em democracia pretende-se que ninguém seja ignorado. Todas as forças partidárias envolvidas na cena política do país têm a obrigação constitucional e moral de assim agirem, no estrito respeito pelos resultados eleitorais que são o espelho da vontade do povo português", sinaliza, esta quinta-feira, 14 de março, em comunicado.

 

Com o país a atravessar "um momento crucial para o futuro da sua economia", a AEMinho acredita que "é importante que todos entendam que a estabilidade e viabilidade governativa são hoje, mais do que nunca, vitais para garantir o crescimento económico que almejamos, com a criação das condições necessárias para manter e aumentar a atratividade para o investimento externo, a criação de riqueza que são o único caminho para garantir melhores salários e melhores condições de vida aos portugueses".

Não obstante "a emergência económica que pode resultar de uma eventual estagnação governativa", a AEMinho nota que "existem problemas estruturais no país que carecem de resposta rápida, assertiva e eficiente", como "a saúde, a educação, a justiça e a assistência social", classificados como "pilares fundamentais de qualquer sociedade contemporânea e progressista", os quais, alerta, "estão num estado de decadência flagrante, configurando um cenário de emergência nacional".

 

Para a associação liderada por Ricardo Costa, "as intervenções nestas áreas pecarão já, amanhã, por tardias e não podem estar sujeitas a jogos partidários", assinala.

"Hoje, o interesse nacional tem de prevalecer. Este é o tempo da responsabilidade, da cooperação e do sentido de estado. Todos os deputados eleitos o devem aos portugueses, sem exceções. Esta não é a história do político ‘a’ ou ‘b’, do partido ‘x’ ou ‘y’. Esta é a história de um parlamento, democraticamente eleito, com uma tendência clara para promover a diversidade, o consenso e a união", aponta.

 

Nesse sentido, a AEMinho apela "a todas as forças políticas que reflitam sobre o seu papel, resultante das eleições, no quadro democrático do país e que ponham os interesses de Portugal à frente dos seus próprios interesses", defendendo que "a viabilidade governativa é essencial e os portugueses criaram, através do voto, todas as condições para que, com responsabilidade e espírito de cooperação, a governabilidade do país seja assegurada".

"Ainda que este seja um novo cenário, ele não deve gerar alianças negativas, deve gerar os consensos que esse novo quadro impõe. Desempenhar um cargo público eletivo é exatamente entender que o caminho quem dita são os eleitores, mesmo quando não represente o nosso ponto de partida", conclui a AEMinho.

 

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