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Dupla de Braga ganha contrato das arábias num circuito de Fórmula 1

O grupo de Ricardo Costa, presidente da AEMinho e conhecido por oferecer férias tropicais aos trabalhadores, e o grupo Érre ganharam concurso para a renovação de infraestrutura tecnológica do Circuito Internacional do Bahrain.

Ricardo Costa e Ramiro Brito, CEO dos grupos Bernardo da Costa e Érre, respetivamente.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 14 de Novembro de 2023 às 16:46

As funções de diretor de corridas internacionais de provas de automobilismo e karting, "hobby" que Ramiro Brito tem há já cerca de 30 anos, levaram o CEO do grupo bracarense Érre a dirigir uma corrida no Circuito Internacional do Bahrain, há cerca de dois anos.

 

Neste evento foi lançado o desafio, que o empresário aceitou de imediato, de entrar na corrida à renovação de infraestrutura tecnológica do circuito árabe, pelo que partiu à procura de parceiros na área da vigilância e segurança, que não são segmentos de negócio do grupo Érre, tendo encontrado no também bracarense grupo Bernardo da Costa o sócio para esta bem-sucedida aventura empresarial.

 

Resultado: "Com a junção do ‘know how’ e experiência do grupo Bernardo da Costa em tecnologias de vigilância e segurança e do conhecimento da empresa de tecnologias de informação do grupo Érre, a Érre Technology, mais vocacionada para as infraestruturas, arquitetura e manutenção de sistemas e monotorização, resultou uma parceria num projeto que se revelou vencedor na análise do júri do concurso naquele país árabe", revela o consórcio bracarense, em comunicado.

 

O projeto consistirá na conceção, instalação, operação e monitorização de um "race control", acrescido da infraestrutura de fibra e de armazenamento e processamento de dados do referido circuito, bem como de todo o sistema de som, "dotando-o de uma tecnologia inovadora e incomum neste tipo de circuitos de karting, com tecnologia de ponta para mais eficiente gestão das corridas internacionais que se disputam naquele circuito, localizado numa das melhores referências mundiais do automobilismo e karting", enfatiza o consórcio.

 

"A primeira de futuras parcerias entre os dois grupos"

 

Para Ricardo Costa, CEO do grupo Bernardo da Costa, "este é um passo importante para o grupo", com a entrada num mercado novo onde não operava, numa geografia relevante em termos estratégicos.

 

"É também um desafio pela exigência do projeto que se espera ser o primeiro de outros que pretendemos desenvolver na região", realça Ricardo Costa, conhecido por oferecer férias tropicais aos trabalhadores e que é também presidente da Associação Empresarial do Minho (AEMinho).

 

Por sua vez, Ramiro Brito, mais habituado ao mundo dos desportos motorizados, considera "importante esta entrada no mercado do Bahrain e daquela região, num projeto aliciante pelo desafio e pela responsabilidade".

 

"A entrada neste mercado pareceu-nos uma opção estratégica importante e estamos otimistas com o futuro neste tipo de geografia económica", afirma, sublinhando que "o grupo Bernardo da Costa foi o parceiro perfeito, pela credibilidade, experiência e mais-valia que traz ao projeto. Esta é, cremos também, a primeira de futuras parcerias entre os dois grupos", remata Ramiro Brito, vice de Ricardo Costa na direção da AEMinho.

 

Os valores envolvidos no negócio no Bahrain não foram divulgados "por questões de confidencialidade, impostas pelo processo de contratação".

 

Recorde-se que o Bahrain é palco dos maiores eventos no mundo desportivo motorizado, como a Fórmula 1, o World Endurance Championship, as Rotax Grand Finals, entre outros, sendo que "o investimento realizado em atualização tecnológica é a resposta necessária ao elevado nível de exigência que se impõe neste tipo de campeonatos, quer em termos de gestão operacional do evento, quer em termos de análise desportiva".

 

Bernardo da Costa emprega mais de 300 pessoas, o grupo Érre 55

 

Neto do fundador do grupo Bernardo da Costa, Ricardo lidera um universo de 10 empresas, das quais a principal, a IBD Global, que surgiu da fusão com as espanholas DiiD (em 2019) e IPTecno (em 2020), opera na distribuição de segurança eletrónica em Portugal, Espanha e Marrocos, detendo também participações em empresas como a KuantoKusta e o Doutor Finanças Minho.

 

O grupo Bernardo da Costa fechou o último exercício com uma faturação de 69 milhões de euros, mais quatro milhões do que no ano anterior, e emprega atualmente mais de 300 pessoas, das quais 156 em Portugal.

 

O grupo Érre, que emprega 55 pessoas e não revela o valor da sua faturação, é composto por cinco empresas dedicadas a áreas de negócio como tecnologias da informação e desenvolvimento aplicacional, consultoria ambiental, sistemas de informação geográfico, planeamento e turismo, agência de comunicação, produção de eventos, participando ainda numa sociedade com a Sonae Sierra na exploração de "food courts".

 

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