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Passos distingue papel de Barroso e Cavaco. Balsemão homenageado

O presidente dos social-democratas distinguiu na quarta-feira o papel desempenhado por Durão Barroso e Cavaco Silva nos últimos anos, numa sessão comemorativa do aniversário do PSD em que Pinto Balsemão, fundador deste partido, foi homenageado.

Miguel Baltazar/Negócios
07 de Maio de 2015 às 02:01
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Pedro Passos Coelho discursou mais de uma hora numa cerimónia que encheu a Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, na qual foram encerradas as comemorações dos 40 anos do PSD iniciadas há um ano, com várias intervenções musicais e vídeos sobre a história deste partido, fundado a 6 de maio de 1974.

 

O fundador e militante número um, Francisco Pinto Balsemão, foi homenageado de pé pelos social-democratas nesta cerimónia, que contou com a presença, na primeira fila, de outros cinco antigos presidentes do PSD: Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso, Marques Mendes, Santana Lopes, Manuela Ferreira Leite.

 

No início da sua intervenção, Passos Coelho reforçou essa homenagem, apontando Balsemão como "talvez aquele que é de entre todos o mais consensual elemento de referência" da história do PSD e "da herança dos valores da social-democracia em Portugal".

 

Depois, dirigiu-se a Durão Barroso, assinalando que, terminado o seu mandato como presidente da Comissão Europeia, "já pode assumir a sua militância no PSD", o que suscitou uma salva de palmas para o antigo chefe de Governo. "Quero dizer que, como português, me orgulho muito da forma como Durão Barroso presidiu à Comissão Europeia nestes dez anos", declarou Passos Coelho, referindo que o ouviu "afirmar posições que não eram confortáveis para muitos chefes de Estado e de Governo", incluindo de "nações cuja economia pesa de forma particular na Europa".

 

Em seguida, destacou o papel do ex-presidente da Comissão Europeia no que respeita a Portugal e expressou-lhe reconhecimento em nome dos sociais-democratas. "Sem perder o seu dever de imparcialidade, Durão Barroso foi sempre alguém que ajudou Portugal no caminho difícil que nós percorremos. E seria de uma enorme injustiça que isso não fosse devidamente apreciado e reconhecido no seu próprio país. Fique sabendo, Durão Barroso, que é pelo menos reconhecido e apreciado no seu partido, no nosso partido e eu estou convencido haverá de ser também em Portugal e na Europa", disse Passos Coelho.

 

À entrada para a Aula Magna tinha sido Durão Barroso a elogiar Passos Coelho, considerando que "o sentido de responsabilidade que o PSD e o seu primeiro-ministro têm demonstrado à frente do Governo" foi decisivo para Portugal não estar hoje "na situação gravíssima em que infelizmente estão outros países da zona euro".

 

No fim do seu discurso, em que também nomeou em especial a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, Passos Coelho distinguiu o actual Presidente da República - "com a ressalva de que isto não servirá para abrir nenhum tema presidencial, não é esse o sentido".

 

"Se conseguimos chegar aonde conseguimos, não posso deixar também de referir o papel exemplar que foi desempenhado pelo Presidente da República", afirmou o primeiro-ministro, defendendo que "se o Governo não fosse um Governo do PSD, Cavaco Silva teria agido exactamente da mesma maneira".

 

A este propósito, Passos Coelho aproveitou para valorizar a relevância das funções presidenciais: "Sei muito bem como pode ser decisivo para o destino do país quando projectamos o futuro. O lugar de Presidente da República não é um lugar qualquer. E, se o destino que construímos se deve muito à forma também como o Presidente da República soube salvaguardar as condições de governabilidade e até as condições de sustentabilidade política para o exercício politico em Portugal, na verdade, podem ter a certeza, essa função permanecerá muito relevante para o futuro".

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