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Passos Coelho: Programa do PS segue o "caminho que nos conduziu ao resgate"

O primeiro-ministro criticou esta quarta-feira as propostas eleitorais do PS. Trata-se de um programa baseado em consumo, num aumento artificial de rendimento que atinge a Segurança Social e que terá sempre como consequência o aumento de impostos, antevê.

Bruno Simão/Negócios
20 de Maio de 2015 às 16:04
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O debate quinzenal desta quarta-feira, 20 de Maio, começou com um balanço de Pedro Passos Coelho das suas medidas na actual legislatura. Quando o PS criticou esse balanço, falando de um insulto aos portugueses, Passos Coelho passou ao ataque às propostas dos socialistas, que o PS apresentou esta manhã. É um caminho "que aponta como prioridade tudo o que falhou como estratégia económica nos últimos 20 anos" e que há-de "sempre" conduzir a mais dívida e a subidas de impostos.

 

"É indispensável continuar este caminho. O caminho que não precisamos de ter é o que vocês propõem", atirou Passos Coelho. "É um caminho que aponta como prioridade tudo o que falhou como estratégia económica nos últimos 20 anos: liderado pelo consumo e pelo aumento artificial do rendimento disponível, que há-de ter sempre como contraparte ou um aumento de impostos" ou a transferência "de verbas do Orçamento do Estado", ou "dívida, em qualquer circunstância paga com os impostos dos portugueses".

 

Mais à frente, Passos acrescentou que o "programa resume-se a mais consumo, a uma estratégia de crescimento liderada pelo consumo, de rendimento disponível dado às pessoas de forma artificial" sem "compensação" para a Segurança Social, e que diz aos portugueses que "prossegue para futuro o caminho que nos conduziu ao resgate" e que "é um bom caminho". Ora, diz Passos, "esse não pode ser um bom caminho".

 

Acusado por Ferro Rodrigues de fazer um apelo ao "medo e à irracionalidade", Passos Coelho garantiu que não. "Pelo contrário, faço um apelo à prudência e à confiança. À prudência, parece-me mais que justificado: um país que passou pelo que passou deve ser prudente porque imprudências podem ter uma consequência difícil de digerir". E à confiança porque "em caso de qualquer pressão externa estamos em condições de passarmos por ela sem necessitar de pedir resgates".

 

É preciso ensinar a pescar, diz Passos Coelho

O primeiro-ministro, acossado por acusações de ter transformado a solidariedade em caridadezinha, justificou-se, devolvendo a crítica. "Anos de políticas socialistas transformaram muitas pessoas em demasiado dependentes dos apoios do Estado", mas "o que é preciso é ensinar a pescar, é colocar as pessoas em condições de recuperar a sua dignidade e não de estarem à espera da esmola do Estado".

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