Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Passos avisa que contribuintes não podem suportar erros dos bancos

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que o preço a pagar pelos bancos, por erros de avaliação de projectos, não pode ser imputado aos contribuintes, avisando que aqueles que têm problemas porque decidiram mal têm que os resolver.

Miguel Baltazar/Negócios
12 de Julho de 2014 às 23:20
  • 142
  • ...

"Cada vez mais os bancos olham para o mérito dos projectos e aqueles que não olham pagam um preço por isso. As empresas que olham mais para os amigos do que para a competência, pagam um preço por isso, mas esse preço não pode ser imposto à sociedade como um todo e muito menos aos contribuintes", disse Pedro Passos Coelho nas comemorações dos 40 anos da Juventude Social Democrata.

 

Sem nunca se referir à situação do Grupo Espírito Santo, o primeiro-ministro avisou que "aqueles que têm problemas, não porque estamos a passar tempos difíceis mas porque decidiram mal, deram crédito a quem não deviam, trabalharam com quem não era competente, esses têm que resolver os seus problemas".

Se nós queremos que a democracia chegue à nossa economia e que haja verdadeiras oportunidades para todos, então não deveria contar ser filho de A ou de B quando se trata de bater à porta do banco para obter o empréstimo
 
Passos Coelho

"E é quando lhes damos a oportunidade de os resolver que damos, ao mesmo tempo, confiança àqueles que querem investir correctamente para poderem fazê-lo sem desconfiarem de que alguém, no meio do processo, vai fazer a batota de levar o bom projecto que tínhamos para aqueles que têm mais meios financeiros de os poderem concretizar, como tantas vezes aconteceu na história do nosso país", justificou.

 

Passos Coelho foi peremptório: "Se nós queremos que a democracia chegue à nossa economia e que haja verdadeiras oportunidades para todos, então não deveria contar ser filho de A ou de B quando se trata de bater à porta do banco para obter o empréstimo".

 

"Ou quando queremos ter maior proximidade ao poder para que os nossos negócios possam estar mais na preocupação de certas elites", defendeu.

 

Na opinião do primeiro-ministro, "o País está verdadeiramente a mudar, naquele sentido em que não pode voltar para trás porque há coisas que quando nós conquistamos já não as largamos".

 

"Durante muitos anos, ouvimos um País clamar pela intervenção do Estado para resolver o problema das empresas, para no fundo manter os privilégios que existiam do passado. Nós estamos a conseguir ao longo destes anos mostrar que conseguimos fazer mesmo diferente", assegurou.

 

Passos Coelho criticou ainda a "miopia política" de olhar apenas para os dias ou tempos a seguir, considerando que em Portugal, nos últimos três anos, andou-se a "correr atrás do prejuízo" em muitas coisas.

 

"Sei que ao longo destes anos muitos jovens portugueses não têm encontrado em Portugal lugar para se realizar. Apesar das dificuldades que muitos jovens ainda sentem, a sociedade que estamos a construir trará muito mais oportunidades para todos eles e que precisa de um equilíbrio de responsabilidade inter-geracional mais elevado do que aquele que existiu no passado", anteviu.

 

Na opinião do líder social-democrata o objectivo nunca foi "colocar gerações contra gerações".

"Nós teremos de conseguir gerar muita riqueza nos próximos anos para conseguir equilibrar mais estes dois pratos da balança para que aqueles que têm no futuro de pagar o preço da irresponsabilidade do passado não fiquem esmagados pela consequência das decisões erradas que se tomaram no passado", antecipou.

Ver comentários
Saber mais Pedro Passos Coelho Juventude Social Democrata Grupo Espírito Santo BES
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio