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“Para sabermos como o PSD vai votar, falamos com PEV, PCP e BE”, ironiza Costa

A polémica descida da Taxa Social Única não fez mossa na geringonça nem na concertação social, mas fragilizou o PSD, afirmou António Costa, no debate quinzenal desta manhã. Além disso, mostrou que o PSD tem “desprezo absoluto pela concertação social”.

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27 de Janeiro de 2017 às 11:04
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A "intriga política" que o PSD adoptou quando decidiu chumbar a descida da Taxa Social Única, ao lado do Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, não beliscou a maioria parlamentar que suporta o Governo, garantiu António Costa. Na verdade, foi um tiro no pé, acrescentou o primeiro-ministro. "O PSD quis fazer aqui um exercício de intriga política, procurando sinalizar que não podemos contar com o PSD. O que conseguiu demonstrar é a sua irrelevância e que não conta para nada relativamente ao país", resumiu Costa.

 

Para começar, "não conta para a vida das pessoas e das empresas", porque "não será graças ao PSD que os trabalhadores verão aumentado o salário mínimo e que as empresas verão diminuídos os seus custos fiscais". E também "não conta porque a intriga falhou". "Em menos de 24 horas foi possível encontrar uma solução alternativa que tem o apoio dos parceiros da concertação social e dos parceiros parlamentares", garantiu Costa.

 

Em suma, "nem a concertação foi minada nem a maioria saiu fragilizada". Só o PSD é que ficou mal na fotografia, prosseguiu Costa. E se havia parceiros sociais que ainda confiavam no PSD, a partir deste episódio ficaram a perceber que os social-democratas têm "desprezo absoluto pela concertação social" e não hesitam pô-la em causa em função de "pequenas jogadas".

 

"Ficamos a saber que o PSD não conta para o que quer que seja para aprovação nesta casa, porque o PSD não se determina por si mas em função da posição do PEV, PCP e Bloco de Esquerda". Por isso, "quando quisermos saber como o PSD vai votar, falamos com PEV, PCP e BE", ironizou António Costa, que acusa os social-democratas de apenas pretenderem bloquear a acção governativa.

 

Em suma, cada parceiro da geringonça "mantém a sua identidade", e o PSD "deixou de ter convicções e passou a votar em função de pequenas jogadas", acusou Costa, na abertura do debate.

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