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PSD junta-se ao PS e vota contra os 25 dias de férias

Dois dias depois da TSU, o PSD volta a dar a mão ao PS. Os social-democratas juntaram-se aos socialistas para chumbar a subida dos actuais 22 dias de férias para 25. O CDS também votou contra. Toda a esquerda e o PAN votaram a favor.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Janeiro de 2017 às 12:41
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É a famosa geometria variável a funcionar. Depois de ser muito criticado por ter votado ao lado do PCP e do Bloco de Esquerda contra a descida da Taxa Social Única (na foto acima), o PSD voltou a votar ao lado do Partido Socialista, tal como o Negócios já tinha antecipado. Os diplomas apresentados pelo Bloco de Esquerda, PCP e PAN para repor os 25 dias de férias foram todos rejeitados com os votos contra do PSD, PS e CDS.

 

O PS votou contra apesar de concordar com a medida. Segundo explicou ao Negócios o deputado Tiago Barbosa Ribeiro, o partido defende que o assunto deve antes ser discutido em sede de concertação social. Por essa razão, o PS anunciou que ia entregar uma declaração de voto a explicitar o que o levou a chumbar o aumento dos dias de férias.

 

Já a posição do PSD pode ser um importante indicador de como o partido se vai posicionar futuramente em matérias com as quais não esteja de acordo. Ao Negócios, o vice-presidente do partido, Marco António Costa, garantiu que o partido "nunca viabilizará coisas que não mereçam a sua concordância".

 

Ainda esta manhã, António Costa acusou o PSD de passar a votar da mesma forma que o Bloco, o PCP e os Verdes. "O PSD não se determina por si mas em função da posição do PEV, PCP e Bloco de Esquerda", atirou Costa. Porém, a realidade desmentiu o primeiro-ministro apenas algumas horas depois. O PSD acabaria por votar ao lado do PS e do CDS.

 

A esquerda votou unida pela reposição dos 25 dias de férias, em conjunto com o deputado André Silva, do PAN. Mas os diplomas foram todos chumbados. Nem o PCP nem o Bloco de Esquerda pediram a descida dos diplomas sem votação.

Até 2012, a lei estabelecia um mínimo de 22 dias de férias que, através de um mecanismo de assiduidade, poderiam chegar aos 25 dias. Há quatro anos, o Governo de Passos Coelho acabou com esse mecanismo, ficando as férias limitadas a 22 dias por ano.

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