Estão fechadas as contas na Madeira. O PSD Madeira continua como a principal força política no arquipélago, depois de Miguel Albuquerque ter conseguido renovar a maioria absoluta nas eleições regionais deste domingo. O PSD conseguiu obter 44,3% dos votos, um resultado que foi suficiente para eleger 24 deputados para a Assembleia Legislativa Regional madeirense. O CDS ficou em segundo lugar, mas perdeu depois deputados.

O parlamento regional madeirense tem 47 lugares, pelo que o PSD conseguiu assegurar a maioria absoluta por apenas um deputado. Já o CDS conseguiu posicionar-se como a segunda força política madeirense, com 13,7% dos votos, o que vai permitir eleger sete deputados. Porém, é um resultado agridoce para José Manuel Rodrigues, que em 2011 havia elegido nove deputados.

A derrota da noite, e com estrondo, foi a da Coligação Mudança, liderada pelo PS e que contava ainda com o PTP, PAN e MPT: conseguiu apenas 11,4% dos votos, o equivalente a seis deputados e o terceiro lugar do pódio. Em 2011, sozinho, o PS tinha conseguido recolher mais dois mil votos e os mesmos seis deputados. O PTP, por exemplo, tinha sido a quarta força política há quatro anos, colocando três deputados no parlamento regional, e agora dilui-se na catástrofe da coligação, assegurando apenas um deputado – o próprio José Manuel Coelho.

Juntos Pelo Povo iam ultrapassando a Mudança

A grande surpresa nestas eleições regionais foi o movimento Juntos Pelo Povo (JPP), que conseguiu, na primeira tentativa, 10,3% dos votos e quase tantos deputados como a Mudança – ficou com cinco, a apenas um da coligação. Aliás, o JPP ficou a pouco mais de mil votos da Mudança, enquanto que esta ficou a cerca de três mil votos de distância do CDS.

A CDU reforçou a votação, com 5,54% dos votos, e passou a ter dois deputados na assembleia legislativa madeirense. Por outro lado, o Bloco de Esquerda também tem motivos por sorri: conseguiu regressar ao parlamento madeirense, do qual estava arredado, colocando dois deputados, e teve 3,8% dos votos.

O PND, com 2,1%, piorou a votação face a 2011 mas manteve o deputado que já tinha conquistado. Foi este o último partido a conseguir eleger um deputado.

A abstenção foi de 50,3%, sete pontos superior à que se verificou nas últimas eleições, que significaram a última maioria absoluta de Jardim.