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Jorge Sampaio. Um político de lágrima fácil mas de decisões duras

Nunca teve medo de mostrar emoções, mas não fugiu às decisões mais duras. Lançou na Câmara de Lisboa as sementes da "Geringonça" com uma aproximação ao PCP.
Diana Ramos 11 de Setembro de 2021 às 09:38

Estávamos em setembro de 2019 e Partido Socialista homenageava no Largo do Rato o seu ex-secretário-geral e antigo Chefe de Estado numa cerimónia que marcava os 80 anos de Jorge Sampaio. E foi nessa mesma sessão, rodeado de amigos, que o ex-Presidente, ciente das suas fragilidades, descreveu a fase que estava a viver como o "ocaso da vida". "E a felicidade que tive em cumprir estes 80 anos!", desabafava então. Emocionado, mas sem largar uma lágrima. Ele que, sem pudor, deixava muitas vezes que as emoções o tomassem. Acabou por cumprir praticamente 82 anos de uma vida cheia.

"Despeço-me com o reconforto de as pessoas terem reconhecido que esteve aqui um homem de bem", confidenciou Jorge Sampaio à jornalista Maria João Avillez em 2006, após deixar o Palácio de Belém. Uma frase que poderia ser repetida agora sem contestação.

Era visto como um político discreto, foi muitas vezes acusado de hesitar, mas quando tomava decisões não tinha receio do estrondo causado. Assim foi quando dissolveu a Assembleia da República, em 2004, era Pedro Santana Lopes o primeiro-ministro.

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