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Diversificação geográfica e de setores está no ADN da Visabeira

Grupo iniciou a internacionalização nos 1990 e hoje está em 18 geografias e 50% do seu volume de negócios vem da Europa e 25% dos Estados Unidos.
Filipe S. Fernandes 27 de Janeiro de 2025 às 15:15
Miguel Frasquilho e Marta Dhanis conduziram a entrevista a Nuno Terras Marques, CEO do Grupo Visabeira. 


Em 2022, a Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, adquiriu uma participação de 22% na Constructel, empresa do Grupo Visabeira, por 200 milhões de euros, o que valorizava a empresa mais de 900 milhões de euros. Era o parceiro que a Visabeira procurava para que os ajudasse a crescer nos Estados Unidos, o que aconteceu em 2024 com as aquisições da Veritá e da Sargent Electric.

Nuno Terras Marques, CEO do Grupo Visabeira, entrevistado no programa semanal do Negócios no canal Now, "Economia Sem Fronteiras", explica que este negócio foi "um selo de credibilidade, porque só investem numa empresa, num ativo, que é um projeto seguro. Mas já éramos, reconhecidamente, um dos maiores parceiros das maiores ‘utilities’ e operadores de telecomunicações na Europa desde a última década".

A Visabeira foi fundada em 1980, e, no princípio da década de 1990, iniciou o seu processo de internacionalização para Moçambique onde o fundador, Fernando Campos Nunes, tinha passado grande parte da sua juventude, seguindo-se, mais tarde, Angola. Esta estratégia de diversificação geográfica e de setores vem "muito do ADN do fundador do grupo", disse Nuno Terras Marques.

A Europa e a escala

Por volta do ano 2000, a Visabeira iniciou a sua expansão para a Europa, pela França, através da prestação de serviços de engenharia de redes de telecomunicações e energia. Hoje está em 18 geografias e realiza 50% do volume de negócios na Europa, sobretudo em países onde têm maior dimensão como a Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Itália, Espanha, Dinamarca e Suécia. Os Estados Unidos representam 25% do volume de vendas e África tem um peso de 5%, embora já tenha tido um peso bastante maior, e depois 25% em Portugal, "onde temos crescido", referiu Nuno Terras Marques.

O gestor diz que "quando se internacionaliza, é preciso ter cuidado com riscos políticos, económicos, e cambiais" e este movimento implica um processo de aprendizagem e onde a escala surge como um fator essencial.

O ADN da Visabeira era muito assente no crescimento orgânico, a diversificação e a internacionalização foram processos de "implantação orgânica da nossa atividade, com mobilização de pessoas e com crescimento orgânico de todas as nossas atividades".

Mais aquisições

Nos últimos anos, o Grupo Visabeira evoluiu na sua estratégia e tem complementado o crescimento orgânico, "com uma posição mais aquisitiva, no sentido de complementaridade daquilo que é a nossa posição, do nosso portefólio de serviços, de atividades, e também de posicionamento geográfico", disse Nuno Terras Marques, tendo a Visabeira feito, desde 2021, mais de uma dezena de aquisições em vários mercados. Mas "não temos a ambição de sermos os maiores em cada país em que estamos, mas crescermos de forma sustentável, com uma diversificação do nosso risco", concluiu.

Para Nuno Terras Marques, o grupo é "um dos fortes ‘enablers’ da transição energética e da transformação digital que está a ser feita no mundo. Orgulhamo-nos de levar a conectividade a muitos lares pela Europa e de fazer esta transformação de energia, com energias renováveis, na distribuição, no transporte. Somos um dos principais ‘enablers’ desta caminhada para a sustentabilidade".

Além disso, as evoluções tecnológicas, como a digitalização e a conectividade, facilitam a gestão de um grupo tão diversificado e presente em tantos países a partir de Viseu, onde tem o centro de comando e controle das operações.

  O programa

"Economia Sem Fronteiras" é um programa do Negócios no canal Now, na posição 9 das operadoras de televisão. É conduzido pelo economista e antigo presidente da AICEP Miguel Frasquilho e pela apresentadora Marta Dhanis.

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