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João Vasconcelos: “Saio com uma absoluta confiança em todos os projectos que pus em marcha”
O ex-secretário de Estado da Indústria assume que sai “com uma absoluta confiança em todos os projectos que pus em marcha e nas equipas que nomeei, com a certeza de que continuarão a trabalhar para a causa pública e para o bem do país, muito para além da minha passagem”.
Menos de 24 horas depois de ter sido conhecido o pedido de exoneração de função de João Vasconcelos, já aceite pelo primeiro-ministro, o agora ex-secretário de Estado publica um comentário na rede social Facebook, no qual defende que a "actividade política é uma das missões mais nobres a que o ser humano se pode dedicar, e que decidir e influenciar os destinos da nossa comunidade é a maior responsabilidade que alguém pode assumir".
Explica quais os objectivos que tinha traçado quando aceitou ir para o Governo e salienta que "passaram 20 meses e é com um sentimento de orgulho na minha equipa, nos industriais e empresários portugueses, no ecossistema de start-ups e incubadoras, nos parceiros de investimento - que avalio os resultados alcançados".
"O programa Indústria 4.0, que foi desenhado com o contributo inestimável de mais de 200 empresas de diversas indústrias ao longo de 6 meses, e que apresentámos em Janeiro de 2017, está em marcha pelas mãos da COTEC, tendo-se já traduzido em múltiplas parcerias entre a indústria, associações empresariais, as universidades, os centros tecnológicos e as start-ups, e na capacidade de atrair diversos investimentos cruciais para o país", acrescenta.
O Startup Portugal, estratégia nacional de apoio ao empreendedorismo, "está com 90% das medidas já em execução". "Tem uma Rede Nacional de Incubadoras cada vez mais dinâmica e sustentada, está a pagar Startup Vouchers e Vales de Incubações a centenas de jovens empreendedores, está a lançar o programa Semente com o pacote de benefícios fiscais mais agressivo da Europa para investidores em novos negócios".
Através do Startup Portugal estão a "chegar aos ‘business angels’ e fundos de capital de risco, que apoiam as start-ups criadas em Portugal, cerca de 400 milhões de euros, incluído o fundo 200M anunciado pelo primeiro-ministro em Novembro, e é responsável por diversos apoios à internacionalização das novas empresas, seja através de uma preparação exemplar para que o Web Summit tenha retorno para o país o ano todo, seja através de uma diplomacia económica que tem levado as start-ups muito a sério". "Investimentos recentemente anunciados por empresas como a Daimler/Mercedes e a Pipedrive só provam que estamos no caminho certo".
João Vasconcelos refere ainda que o Portugal 2020, "que padecia de atrasos penosos na avaliação de candidaturas e nos pagamentos", apresenta à data "números inéditos de execução – 7,4 mil milhões de euros de investimento em candidaturas aprovadas, dos quais 3,4 mil milhões são apoios públicos e 870 milhões foram já efectivamente pagos às empresas".
O antigo governante conclui dizendo que deixa o Executivo de António Costa "com uma absoluta confiança em todos os projectos que pus em marcha e nas equipas que nomeei, com a certeza de que continuarão a trabalhar para a causa pública e para o bem do país, muito para além da minha passagem por esta pasta".
"Saio orgulhoso por ter integrado desta forma um Governo tão reformador quando humano, na resposta que sabe dar às circunstâncias em que encontrou o país".