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João Vasconcelos foi para a Indústria mas continuou a apostar forte nas start-ups

João Vasconcelos foi até este domingo secretário de Estado da Indústria. Deu a cara pelo empreendedorismo nacional e deixa o governo a quatro meses da segunda edição do Web Summit em Lisboa. Numa altura em que ainda não é certo que a edição de 2018 não seja a última.

Miguel Baltazar
10 de Julho de 2017 às 17:10
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Entre os empreendedores nacionais provavelmente serão poucos o que não conhecem o nome João Vasconcelos. Esteve quase quatro anos à frente da Startup Lisboa, incubadora de start-ups fundada nomeadamente pela autarquia lisboeta, por onde passaram algumas das start-ups nacionais mais conhecidas actualmente, como é o caso da Uniplaces, Codacy e Hole19.

Em Novembro de 2015, troca a Rua da Prata, onde está a Startup Lisboa, pela Rua da Horta Sêca, em Lisboa, onde está localizado o ministério da Economia. Fica com a pasta da Indústria, mas as start-ups continuam a acompanhá-lo. Em Março do ano passado, cerca de quatro meses depois de tomar posse, lança o Startup Portugal, a estratégia nacional de apoio ao empreendedorismo. Um conjunto de cerca de 15 medidas que estão divididas em três áreas: ecossistema, financiamento e internacionalização.


A maioria das medidas presentes nesta estratégia está já em curso. Exemplo disso são os Startup Voucher (uma bolsa mensal de 691,70 euros), o Vale de Incubação (vale de até cinco mil euros para ser usada junto das incubadoras de start-ups que estejam acreditadas pelo IAPMEI e que pertencem à Rede Nacional de Incubadoras) e Programa Semente (benefícios fiscais para quem investir em start-ups que entraram em vigor com o Orçamento do Estado para este ano).

Ainda recentemente João Vasconcelos assumiu que a taxa de execução do Startup Portugal está próxima dos 90%.


Um tema a que fica associado é ao Web Summit, a conferência de tecnologia e empreendedorismo que, este ano, pela segunda vez, vai realizar-se em Lisboa e da qual sempre falou com entusiasmo. Ainda na semana passada, a propósito do Road2Web Summit, que este ano vai dar um desconto de 50% a 150 start-ups nacionais que se qualifiquem para obterem passes Alpha, Vasconcelos descreveu o evento como um "montra para o país".

Em Setembro de 2015, aquando do anúncio que o evento vinha para Portugal, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, sustentou que "para chegarmos a este dia tivemos de ser muito competitivos, mas a proposta de Lisboa foi suficiente para vencer ao ‘sprint’ cidades candidatas como Amesterdão, Barcelona, Paris ou Dublin, onde tudo nasceu". O contrato assinado, na altura, previa a realização da conferência em Lisboa por três anos (2016, 2017 e 2018), com a possibilidade de mais dois anos (2019 e 2020). E sobre estes dois anos não há garantias, pelo menos para já. "Não há pressa para tomar uma decisão", disse Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, em Abril passado. Ainda assim, Cosgrave sublinhou que: "a minha experiência em Lisboa, a nossa experiência como equipa, no Web Summit é incrível. Não temos planos para ir a lado nenhum".

Em Janeiro deste ano, João Vasconcelos decidiu lançar um grupo de trabalho para o tema das fintech. João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, explicou na altura ao Negócios que os vários actores deste meio –  bancos, reguladores e start-ups – iam ser convidados a debaterem o ecossistema.

"Na primeira reunião queremos perceber em que ponto estamos" em Portugal e na Europa, disse. O objectivo, com a criação deste grupo de trabalho, é que saiam "medidas concretas" que possam vir a ser aplicadas tanto pelos privados como pelo Governo. Essas medidas, todavia, ainda não são do domínio público.

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