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Jerónimo de Sousa diz que "luta" esteve na base da conquista dos estivadores  

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que os direitos dos trabalhadores "não dispensam" as acções de luta, dando como exemplo o caso do acordo alcançado entre os estivadores e operadores do porto de Lisboa.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Maio de 2016 às 19:07
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"O resultado não está ainda adquirido nem fechado, mas isto demonstra que é possível encontrar sempre soluções, mas que essas soluções não dispensam a luta", disse.

 

Para o secretário-geral do PCP, que falava em Alter do Chão, no distrito de Portalegre, após um almoço convívio com simpatizantes e militantes do partido, o que "não é possível concertar" são os "interesses económicos absolutos" e o "prejuízo e liquidação" dos direitos dos trabalhadores.

 

O acordo alcançado na sexta-feira à noite entre os estivadores e operadores do porto de Lisboa prevê a assinatura, dentro de 15 dias, de um novo contrato colectivo de trabalho com um prazo de vigência de seis anos.

 

O acordo foi alcançado no final de quase 15 horas de reunião.

 

Segundo um comunicado do Ministério do Mar, além da suspensão imediata do pré-aviso de greve, foi acordada a redacção e assinatura, no prazo de 15 dias, de "um novo contrato colectivo de trabalho com base nas matérias acordadas e nas negociações decorridas entre 07 de Janeiro e 4 de Abril".

 

Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa lançou ainda duras críticas ao anterior governo PSD/CDS-PP, ao Banco Central Europeu (BCE) e à União Europeia.

 

"Esta mesma gente que obrigou o país a andar a toque de caixa, o Governo anterior a executar uma política desgraçada, que resultou em mais desemprego, mais pobreza, mais défice, mais dívida, não resolveu nenhum problema nacional, mas eles exigiram essa política, e agora vêem dizer ‘vocês têm que ser multados’ porque praticaram essa política", lamentou.

 

Para Jerónimo de Sousa, são "inaceitáveis" as posições tomadas ao longo dos tempos pelo BCE e pela União Europeia, considerando que estas instituições comportam-se como "ocupantes" do país.

 

"O problema é que estes senhores já se comportam como ocupantes, esquecendo que Portugal é um país, conforme diz a nossa Constituição da República, independente, soberano e que essa soberania reside no povo, e aquilo que lhes temos de dizer é que quem manda em Portugal é povo português, é o povo português que decidirá do seu futuro colectivo", declarou.

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