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Intervenção de Dilma interrompida por protestos

A Presidente brasileira preparava-se para falar na posse de Lula da Silva como ministro da Casa Civil do Brasil, uma nomeação polémica que chega numa altura em que o ex-Presidente vê o seu nome envolvido em investigações judiciais.

Dilma Rousseff: Com a economia brasileira a marcar passo e a oposição a exigir a sua saída da Presidência por causa do envolvimento do PT no caso 'Lava Jato', Dilma esteve sob pressão.
17 de Março de 2016 às 13:59
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O discurso de Dilma Rousseff na tomada de posse de Lula da Silva como ministro da Casa Civil foi esta quinta-feira, 17 de Março, interrompido por protestos de alguns dos elementos presentes na sala do Palácio do Planalto, em Brasília, onde decorreu a cerimónia.


Antes sequer de começar a falar, a Presidente brasileira foi impedida de falar por gritos de algumas pessoas, que momentos depois foram caladas pelos apoiantes do governo do PT, que gritavam por seu lado: "Não vai ter golpe, não vai ter golpe!".


Dilma saudou todo o Governo presente e os "brasileiros e as brasileiras de coragem", depois de Lula da Silva ("o nosso querido ex-Presidente", nas palavras de Dilma) ter assinado o termo de posse. 

A posse - que pode acompanhar aqui - acontece depois de, nas últimas semanas, o nome de Lula da Silva ter sido levado a depor no âmbito de um caso judicial. E horas depois de o juiz Sergio Moro, que investiga a operação anti-corrupção Lava Jato, ter libertado uma gravação que sugere a intervenção de Dilma para travar a prisão de Lula, com o envio prévio do termo de posse ao ex-Presidente.

A escolha de Lula para o cargo tem sido criticada por, alegadamente, permitir a sua protecção em relação a uma possível detenção – concedendo-lhe foro privilegiado e impedindo a sua prisão no imediato, ao colocar assim o Supremo Tribunal Federal como única instância que pode pronunciar-se judicialmente em relação ao ex-Presidente.

O ex-Presidente tornou-se oficialmente ministro do Governo Dilma com a assinatura do termo de posse pela Presidente, documento que já tinha sido assinado esta quarta-feira, 16 de Março, por Lula da Silva.

A cerimónia foi antecedida por manifestações em Brasília e São Paulo pró e contra o Governo de Dilma Rousseff, com forte presença da Polícia Militar (cerca de 1.200 agentes) e durante as quais decorreram confrontos isolados entre os dois lados, incluindo "linchamentos", segundo a comunicação social.

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