Paulo Pedroso é uma das principais atracções da nova equipa de conselheiros do gabinete de estudos do PS, órgão liderado por João Tiago Silveira que será preponderante na definição do programa com que António Costa se vai apresentar a votos. O ex-ministro do Trabalho, que estava afastado da política activa desde 2009, será um dos ex-governantes que vai aconselhar esta estrutura, recuperada por Costa em substituição do Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (que tinha sido criado por António José Seguro).

Além de Paulo Pedroso, o Expresso escreve que os outros nove conselheiros são António Vitorino, Ana Maria Bettencourt, António Correia de Campos, Augusto Santos Silva, Francisco Seixas da Costa, Gustavo Cardoso, Helena André, Helena Freitas e João Cravinho. Vários foram ministros nos governos de António Guterres, outros tiveram pastas com José Sócrates.

Em declarações ao Expresso, João Tiago Silveira sublinhou que se trata de "nomes com créditos firmados, experiência e qualidade à prova de bala", que "terão carta-branca para interpelar a direcção do gabinete sempre que entenderem necessário", sobre o "que acham que deve ser feito, está a ser mal feito ou deveria ser feito de outra forma".

Em declarações reproduzidas pelo site do PS, João Tiago Silveira, que foi ele próprio secretário de Estado nos dois governos de José Sócrates, afirmou que o programa eleitoral do PS "será um programa que rejeitará a competitividade por via dos baixos salários".

Será ainda "um programa que proporá uma competitividade baseada na melhoria das qualificações e dos recursos" e que "devolverá a esperança aos portugueses", acrescentou, frisando que a missão do gabinete de estudos é "é pensar as políticas a longo prazo, com estudo e com preparação científica".

Seguristas na direcção executiva

A direcção executiva do Gabinete de Estudos vai ser preenchida por nove vogais, que Silveira descreve ao Expresso do passado sábado como "jovens quadros especializados". Dois desses nomes são o do ex-porta voz para as questões económicas de Seguro, Eurico Brilhante Dias, e o de Francisco André, ligado às relações internacionais.

A direcção será ainda composta por Ângela Ferreira, Filipa Marques Júnior, Hugo Mendes, João Sequeira, Luís Goes Pinheiro, Mariana Vieira da Silva e Tiago Antunes. Nomes pouco conhecidos mas que, na sua maioria, já trabalharam em diferentes executivos, em diversas áreas.