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CDS-PP: PM deve aproveitar para fazer “remodelação mais profunda”

Assunção Cristas considera que, com a saída de três secretários de Estado, António Costa deve optar por fazer uma “remodelação mais profunda”. Uma remodelação que substitua o ministro da Defesa e a ministra da Administração Interna.

Há vida para além de Portas: A saída de Paulo Portas abriu uma frente de batalha no CDS. Mas as trincheiras ficaram, desde cedo, definidas: de um lado posicionou-se o eurodeputado Nuno Melo, muito popular entre as bases; do outro, Assunção Cristas, que era a preferida fora do partido. Nuno Melo acabaria por recuar e Assunção Cristas teve caminho aberto para se tornar a primeira mulher líder do CDS. É candidata à Câmara de Lisboa.
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Negócios 10 de Julho de 2017 às 11:06
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Este domingo, 9 de Julho, três secretários de Estado (da Internacionalização, Indústria e Assuntos Fiscais) pediram a sua exoneração de funções, após terem solicitado ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro 2016. Um pedido que foi aceite pelo primeiro-ministro António Costa.

Assunção Cristas, líder do CDS-PP, disse esta manhã que "o CDS já tinha sinalizado em Agosto passado a delicadeza da situação e, entendíamos na altura, que [os secretários de Estado] estavam fragilizados e que não tinham condições para continuar".


"O que eu espero é que o primeiro-ministro retire daqui lições, não comenta" os mesmos erros e aproveite a "saída destes secretários de Estado para fazer uma remodelação mais profunda", adiantou Cristas, numa declaração proferida em Figueiró dos Vinhos e transmitida pela RTP3.


Essa "remodelação mais profunda" inclui, na visão da líder do CDS-PP, a saída do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e da ministro da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. "Aproveite para fazer uma remodelação mais profunda e que procure restabelecer a confiança nas instituições do Estado", disse ainda.

Exoneração para não prejudicar o Governo


Os secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria pediram este domingo a exoneração de funções, após terem solicitado ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro 2016.


A decisão é justificada com a intenção de não prejudicar o Governo.


Segundo apurou o Negócios, os governantes têm a expectativa de que serão, em breve, constituídos arguidos, na sequência de diligências do Ministério Público nos últimos dias. Optaram, assim, por se antecipar, pedindo esse estatuto na investigação em curso.

A exoneração é definitiva e foi, ao início da noite, confirmada pelo gabinete do Primeiro-Ministro, que não indicou, para já, substitutos.   

Os três governantes referem, na mesma nota, que decidiram "exercer o seu direito de requerer ao Ministério Público a sua constituição como arguidos", depois de terem tido conhecimento de que "várias pessoas foram ouvidas pelo Ministério Público e constituídas como arguidas no âmbito de um processo inquérito relativo às viagens organizadas pelo patrocinador oficial da selecção portuguesa de futebol, durante o campeonato da Europa de 2016".

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