Notícia
BE espera que partidos compreendam necessidade de exclusividade e transparência
A coordenadora do BE sublinhou a importância dos avisos do chefe do Estado e do presidente do parlamento para ajudar os outros partidos a compreenderem a necessidade da exclusividade dos deputados e da entidade para a transparência.
25 de Abril de 2018 às 13:07
À saída da sessão solene comemorativa do 44.º aniversário do 25 de Abril, Catarina Martins foi questionada sobre os discursos das duas primeiras figuras do Estado, recordando que "o Bloco de Esquerda tem desde o início desta legislatura, à espera de uma maioria para poder ter avanços, a criação de uma entidade para a transparência e a exclusividade dos deputados", projectos que estão na discussão na especialidade.
"Se os avisos do senhor presidente da Assembleia da República e do senhor Presidente da República ajudarem a que finalmente os outros partidos compreendam a necessidade da exclusividade dos deputados e de uma entidade para a transparência, terá sido um passo muito importante. Temos esperança de que, desta vez, possa existir uma maioria de deputados que compreenda essa necessidade", disse.
No entanto, para a líder bloquista, se "é absolutamente necessária a transparência no exercício do poder político, é também verdade que a descrença com o poder político cresce também quando não há respostas às necessidades da vida concreta das pessoas".
"Somos tão responsáveis por ter mecanismos de transparência como somos responsáveis por termos opções de política económica e social que garantam o emprego, que redistribuam bem a riqueza, para que a habitação não seja precária", defendeu.
Para Catarina Martins, "responder às necessidades das pessoas tem de ser a principal obrigação de quem assume responsabilidades políticas".
A líder do BE recordou que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou o aviso de que "não se devem fazer paralelismos simplistas entre há 100 anos e o dia de hoje", havendo, em todo o caso, "lições que a história nos deve ensinar".
E, na verdade, a desigualdade da riqueza no mundo, o facto de a generalidade da população ter uma parcela quanto ínfima da riqueza quando 1% tem tanto, esta desigualdade que vivemos hoje só é comparável com a desigualdade que existia há 100 anos. E esse é um facto que nos deve preocupar", alerta.
Quando da parte da população "há uma descrença na capacidade das instituições, naquilo que são as opções do poder político", isso acontece no caso de o poder político falhar "à sua responsabilidade de dar respostas às pessoas".
"Quando a desigualdade cresce, quando não há emprego, quando o direito à saúde ou à habitação é um direito precário", exemplificou.
É um facto, continuou Catarina Martins, que "a União Europeia tem vindo a trilhar um caminho perigoso de uma enorme desigualdade, de uma enorme precarização das vidas e isso cria um enorme descontentamento popular com as instituições e com as decisões do poder político".
O presidente da Assembleia da República pediu hoje para "se avaliar seriamente" o alargamento da limitação de mandatos de cargos políticos e "ponderar incentivos eficazes" à dedicação exclusiva" dos deputados, remetendo qualquer decisão para depois de 2019.
"Se os avisos do senhor presidente da Assembleia da República e do senhor Presidente da República ajudarem a que finalmente os outros partidos compreendam a necessidade da exclusividade dos deputados e de uma entidade para a transparência, terá sido um passo muito importante. Temos esperança de que, desta vez, possa existir uma maioria de deputados que compreenda essa necessidade", disse.
"Somos tão responsáveis por ter mecanismos de transparência como somos responsáveis por termos opções de política económica e social que garantam o emprego, que redistribuam bem a riqueza, para que a habitação não seja precária", defendeu.
Para Catarina Martins, "responder às necessidades das pessoas tem de ser a principal obrigação de quem assume responsabilidades políticas".
A líder do BE recordou que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou o aviso de que "não se devem fazer paralelismos simplistas entre há 100 anos e o dia de hoje", havendo, em todo o caso, "lições que a história nos deve ensinar".
E, na verdade, a desigualdade da riqueza no mundo, o facto de a generalidade da população ter uma parcela quanto ínfima da riqueza quando 1% tem tanto, esta desigualdade que vivemos hoje só é comparável com a desigualdade que existia há 100 anos. E esse é um facto que nos deve preocupar", alerta.
Quando da parte da população "há uma descrença na capacidade das instituições, naquilo que são as opções do poder político", isso acontece no caso de o poder político falhar "à sua responsabilidade de dar respostas às pessoas".
"Quando a desigualdade cresce, quando não há emprego, quando o direito à saúde ou à habitação é um direito precário", exemplificou.
É um facto, continuou Catarina Martins, que "a União Europeia tem vindo a trilhar um caminho perigoso de uma enorme desigualdade, de uma enorme precarização das vidas e isso cria um enorme descontentamento popular com as instituições e com as decisões do poder político".
O presidente da Assembleia da República pediu hoje para "se avaliar seriamente" o alargamento da limitação de mandatos de cargos políticos e "ponderar incentivos eficazes" à dedicação exclusiva" dos deputados, remetendo qualquer decisão para depois de 2019.