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Bárcenas terá colocado mais de dois milhões de euros em quatro anos na Suíça

O juiz encarregue do caso Gürtel mandatou a Agência Tributária e as autoridades policiais para investigarem a origem de vários depósitos de Bárcenas em contas na Suíça entre 2001 e 2005.

Espanha tem dinheiro para salvar a banca?
02 de Abril de 2013 às 16:28
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O ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) espanhol, Luis Bárcenas, terá colocado 2,43 milhões de euros através de 15 depósitos numa conta no Dresdner Bank de Genebra, agora LGT Bank, entre Junho de 2001 e Junho de 2005, noticia o “El País”.

 

O dado é revelado na última documentação que as autoridades suíças entregaram a Pablo Ruz, juiz encarregue do caso Gürtel, nome dado à operação que investiga os supostos pagamentos ilícitos a membros do PP.

 

Segundo o jornal espanhol, Bárcenas terá justificado, perante a entidade bancária, que a maioria dos depósitos decorrem de negócios imobiliários e da venda de quadros. Por sua vez, Pablo Ruz considera ser “necessário averiguar a verdadeira origem dos fundos” devido à falta de documentos que justifiquem a versão do ex-tesoureiro do PP.

 

As autoridades helvéticas terão fornecido também informações sobre outras contas de Bárcenas e de outras figuras envolvidas no escândalo de corrupção do PP.

 

Luis Bárcenas declarou, em Fevereiro passado, ter depósitos no valor de 38 milhões de euros em bancos suíços. De acordo com o ex-tesoureiro, os montantes são fruto de negócios imobiliários, da venda de obras de arte e de investimentos no mercado accionista.

 

O ex-tesoureiro do partido de Mariano Rajoy surge ligado aos supostos pagamentos ilícitos aos principais dirigentes do PP entre 1990 e 2009, incluindo o actual presidente espanhol, que foram divulgados pelo “El País”.

 

Bárcenas terá recebido 1,3 milhões de euros em comissões ilegais na adjudicação de contratos às empresas que faziam parte da rede de corrupção. Recorde-se que a rede era liderada pelo empresário Francisco Correa, que terá subornado membros do PP para a obtenção de contratos públicos no sector da publicidade e organização de eventos, a médio e longo prazo, que não foram a concurso.

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