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Alberto João Jardim: Busca de "compromisso de salvação nacional" foi "perda de tempo"

O presidente do Governo Regional da Madeira disse hoje que a busca de um compromisso de salvação nacional foi "uma completa perda de tempo".

Governo Regional da Madeira
22 de Julho de 2013 às 12:07
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"Penso que sim, foi uma completa perda de tempo", comentou hoje Alberto João Jardim quando confrontado com o discurso ao país por parte do Presidente da República após uma crise política de três semanas durante a qual PSD, CDS e PS procuraram "um compromisso de salvação nacional".

 

"Tudo o que seja solução no actual quadro constitucional não leva o País a parte nenhuma", disse à agência Lusa e à TVI.

 

Para Alberto João Jardim, "são remendos, é adiar o problema, é a estrutura constitucional que está a impedir o bom funcionamento do País".

 

"A solução foi a que eu disse logo no primeiro dia - Governo de iniciativa presidencial; estado de emergência até Junho do ano que vem para o país trabalhar e não estarmos a perder em loucuras o esforço que se está a fazer e aproveitar este período para fazer um referendo constitucional", reiterou.

 

O governante madeirense acrescentou achar "um piadão aos indivíduos que pedem que se dê voz ao povo para efeitos de brincar às eleições mas não querem que se dê voz ao povo para decidir o tipo de regime político em que se quer viver".

 

"Eu estou fora disto tudo", declarou.

 

Instado a dizer se a solução apontada pelo Presidente da República lhe dava confiança, Alberto João Jardim respondeu: "eu vou, como responsável pela Madeira, procurar fazer o melhor possível pela Região, mas não tenho ilusões, Portugal, a insistir neste sistema constitucional, a insistir neste rotativismo entre os partidos, o Pais não vai a parte nenhuma".

 

"Estes partidos já deram o que tinham a dar", considerou.

 

O Presidente da República anunciou domingo que vai manter em funções o Governo PSD-CDS, sob críticas da oposição, após uma crise política de três semanas, sem nada dizer sobre a remodelação governamental já anunciada pelo primeiro-ministro.

 

Numa comunicação ao país, à hora dos telejornais, Cavaco Silva alertou que não abdica de nenhum dos seus poderes constitucionais, numa referência indirecta ao poder de dissolução do Parlamento, e apelou ao PSD e CDS para preservarem "as vias de diálogo" com a oposição e o PS, apesar das falhadas negociações com a oposição e o PS para um "compromisso de salvação nacional".

 

"Não tendo sido possível alcançar um compromisso de salvação nacional, considero que a melhor solução alternativa é a continuação em funções do actual Governo, com garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura", afirmou o Presidente, que a 10 de Julho propôs o diálogo entre os partidos. 

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