Notícia
Vice-presidente do BCE defende que descida de juros não deve ser precipitada
Luis de Guindos, vice-presidente do Banco Central Europeu, defende que a instituição não se deve precipitar numa descida das taxas de juro. O responsável espanhol prefere ter mais dados que comprovem uma descida sustentada dos preços.
Apesar da evolução positiva da inflação na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) não se deve precipitar na descida das taxas de juro de referência. É o que defende o vice-presidente da autoridade monetária, o espanhol Luis de Guindos.
O antigo ministro da economia espanhol realçou uma mensagem que tem sido transmitida por vários banqueiros centrais tanto nos Estados Unidos como na Europa, de que são necessários mais dados que mostrem que a inflação está a regressar de forma sustentada à meta de 2%.
Num discurso na Croácia, citado pelo jornal espanhol Cinco Días, de Guindos advertiu que o BCE deve também estar vigilante relativamente a fatores de risco, com os salários e o emprego. As pressões salariais continuam a ser elevadas e as estatísticas não mostram uma descida.
Ao mesmo tempo, as margens de lucro poderão mostrar-se mais resistentes do que o previsto e as tensões geopolíticas podem adensar-se e levar a um aumento dos preços da energia, gerando alterações no comércio mundial.
O vice-presidente do BCE mostrou, apesar de tudo, confiança de que o processo desinflacionário irá continuar e permitir que as taxas de juro diretoras possam começar a descer mais tarde este ano.
O responsável deixou também alertas à exposição de algumas instituições bancárias a setores sensíveis a movimentações das taxas de juro, principalmente os que têm fortes necessidades de capital, onde se inclui o setor imobiliário.
Os alertas estenderam-se a instituições não bancárias: mesmo com os recentes reequilíbrios de carteiras, o setor ainda mostra riscos relativamente à maturidade, crédito e liquidez. "As entidades continuam a ser vulneráveis às correções dos preços dos ativos num cenário de incerteza económica e a volatilidade dos mercados", assinalou.
Apesar de resiliente, o sistema bancário europeu deverá ter em conta riscos relacionados com um mais baixo crescimento do crédito, um aumento dos custos de financiamento e a deterioração da qualidade dos ativos.
"Embora os indicadores de qualidade dos ativos sejam bastante fortes, há sinais iniciais de deterioração em algumas carteiras de empréstimos, incluindo empresas de menor dimensão e sectores como a construção e o imobiliário comercial", acrescentou.
O antigo ministro da economia espanhol realçou uma mensagem que tem sido transmitida por vários banqueiros centrais tanto nos Estados Unidos como na Europa, de que são necessários mais dados que mostrem que a inflação está a regressar de forma sustentada à meta de 2%.
Ao mesmo tempo, as margens de lucro poderão mostrar-se mais resistentes do que o previsto e as tensões geopolíticas podem adensar-se e levar a um aumento dos preços da energia, gerando alterações no comércio mundial.
O vice-presidente do BCE mostrou, apesar de tudo, confiança de que o processo desinflacionário irá continuar e permitir que as taxas de juro diretoras possam começar a descer mais tarde este ano.
O responsável deixou também alertas à exposição de algumas instituições bancárias a setores sensíveis a movimentações das taxas de juro, principalmente os que têm fortes necessidades de capital, onde se inclui o setor imobiliário.
Os alertas estenderam-se a instituições não bancárias: mesmo com os recentes reequilíbrios de carteiras, o setor ainda mostra riscos relativamente à maturidade, crédito e liquidez. "As entidades continuam a ser vulneráveis às correções dos preços dos ativos num cenário de incerteza económica e a volatilidade dos mercados", assinalou.
Apesar de resiliente, o sistema bancário europeu deverá ter em conta riscos relacionados com um mais baixo crescimento do crédito, um aumento dos custos de financiamento e a deterioração da qualidade dos ativos.
"Embora os indicadores de qualidade dos ativos sejam bastante fortes, há sinais iniciais de deterioração em algumas carteiras de empréstimos, incluindo empresas de menor dimensão e sectores como a construção e o imobiliário comercial", acrescentou.