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JP Morgan antecipa "dois ou três cortes dos juros" pelo BCE este ano, mas só depois do verão
A responsável pela equipa de clientes e estratégia para Portugal da JP Morgan Asset Management, Elena Domecq, acredita que o verão é ainda "muito cedo" para que tal aconteça. A nível global, o banco de investimento antecipa "um crescimento lento" da economia "para este ano".
O BCE deve realizar "dois ou três cortes de juros" diretores na Zona Euro este ano, antecipa Elena Domecq, responsável pela equipa de clientes e estratégia para Portugal da JP Morgan Asset Management (JPMAM), que acrescenta que apontar para que estas reduções aconteçam no verão "é muito cedo".
O banco de investimento prevê, assim, "juros diretores mais baixos na segunda metade do ano". Após a última reunião de política monetária, em que o BCE decidiu manter as três taxas de juro diretoras inalteradas, a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, frisou que o "consenso à mesa" do conselho "é que é prematuro discutir cortes de juros".
O mercado tem tentado antecipar o momento em que a autoridade monetária dá início ao movimento contrário, sendo que expectativas atuais apontam para cinco a seis cortes ao longo deste ano, com uma probabilidade de 80% de um primeiro corte em abril. Para Elena Domecq o mercado tem sido "demasiado otimista", ao considerar cortes de juros antes do verão.
A especialista salientou que se tem assistido "a dois níveis diferentes de inflação nos EUA e na Europa", sendo que "que em ambas as economias temos visto que estamos em níveis muito diferentes de há um ano".
"Portanto, estamos a passar por uma fase positiva, mas acreditamos que ainda há coisas a fazer", salvaguarda Elena Domecq.
No caso dos EUA, "estamos no bom caminho" no que diz respeito à luta contra a inflação, "mas ainda longe dos objetivos do banco central", avisa a responsável pela equipa de clientes e estratégia do gigante de Wall Street. Na Europa, também "são de esperar níveis mais discretos de inflação".
A nível global, o banco de investimento antecipa "um crescimento lento" da economia "para este ano". "As nossas expectativas são de desaceleração do crescimento, mas a economia continuará a crescer", acrescenta.
(Notícia atualizada às 11:49 horas).