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Inflação deve baixar em 2024 mas evolução dos juros depende dos dados, diz Lagarde
No seu último debate sobre política monetária com a Comissão dos Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, antes das eleições europeias de junho, Lagarde disse que os últimos dados confirmam a tendência de descida da inflação e que esta deverá descer mais gradualmente ao longo de 2024.
15 de Fevereiro de 2024 às 12:57
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou esta quinta-feira que o BCE espera que a inflação continue moderada em 2024, mas insistiu que as decisões sobre possíveis mudanças nas taxas de juros dependerão dos dados que receber.
No seu último debate sobre política monetária com a Comissão dos Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, antes das eleições europeias de junho, Lagarde disse que os últimos dados confirmam a tendência de descida da inflação e que esta deverá descer mais gradualmente ao longo de 2024.
"A dissipação do impacto dos choques do passado que fizeram subir os preços e as condições financeiras mais restritivas ajudarão a fazer descer a inflação", disse ainda Lagarde.
Em janeiro, a taxa de inflação homóloga na Zona Euro desceu para 2,8%, após uma subida de meio ponto percentual em dezembro, enquanto a inflação subjacente - que exclui a energia e os produtos alimentares não transformados - abrandou para 3,3%, uma descida de um décimo de ponto percentual em relação ao mês anterior.
"Espera-se que o atual processo de desinflação continue, mas o Conselho do BCE precisa de estar confiante de que nos conduzirá de forma sustentável ao nosso objetivo de 2%", acrescentou.
E prosseguiu: "Continuaremos a seguir uma abordagem dependente dos dados para determinar o nível e a duração adequados da restritividade, tendo em conta as perspetivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária".
Esta afirmação está de acordo com a mensagem transmitida por Lagarde na última reunião do Conselho do BCE, em janeiro deste ano.
Nessa reunião, o BCE decidiu manter a taxa de juro diretora em 4,5%, bem como a facilidade de crédito - que concede empréstimos aos bancos de um dia para o outro - em 4,75% e a facilidade de depósito - que remunera as reservas excedentárias de um dia para outro - em 4%.
Lagarde disse também aos eurodeputados que as taxas de juro estão em níveis que, "mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente para garantir que a inflação regresse atempadamente ao objetivo de médio prazo de 2%".
Quanto aos fatores que irão influenciar a evolução dos preços nos próximos meses, a presidente do BCE sublinhou que o crescimento dos salários "deverá tornar-se um fator de inflação cada vez mais importante nos próximos meses".
Lagarde realçou ainda que a monitorização da evolução dos salários do BCE "continua a apontar para fortes pressões salariais, mas os acordos indicam uma estabilização no último trimestre de 2023", salientando também que o impacto destas pressões em 2024 dependerá sobretudo do resultado das negociações coletivas. Estes aumentos salariais são, no entanto, "parcialmente amortecidos pelas margens de lucro" das empresas, esclareceu.
Lagarde salientou também que, embora a inflação de base tenha descido gradualmente, a inflação dos serviços "mostra sinais de persistência". No que diz respeito à situação macroeconómica, a presidente do BCE assinalou que a debilidade da atividade afeta amplos setores e que os dados sugerem que continuará "no futuro próximo", embora alguns indicadores prospetivos apontem para uma recuperação este ano.
No seu último debate sobre política monetária com a Comissão dos Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, antes das eleições europeias de junho, Lagarde disse que os últimos dados confirmam a tendência de descida da inflação e que esta deverá descer mais gradualmente ao longo de 2024.
Em janeiro, a taxa de inflação homóloga na Zona Euro desceu para 2,8%, após uma subida de meio ponto percentual em dezembro, enquanto a inflação subjacente - que exclui a energia e os produtos alimentares não transformados - abrandou para 3,3%, uma descida de um décimo de ponto percentual em relação ao mês anterior.
"Espera-se que o atual processo de desinflação continue, mas o Conselho do BCE precisa de estar confiante de que nos conduzirá de forma sustentável ao nosso objetivo de 2%", acrescentou.
E prosseguiu: "Continuaremos a seguir uma abordagem dependente dos dados para determinar o nível e a duração adequados da restritividade, tendo em conta as perspetivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária".
Esta afirmação está de acordo com a mensagem transmitida por Lagarde na última reunião do Conselho do BCE, em janeiro deste ano.
Nessa reunião, o BCE decidiu manter a taxa de juro diretora em 4,5%, bem como a facilidade de crédito - que concede empréstimos aos bancos de um dia para o outro - em 4,75% e a facilidade de depósito - que remunera as reservas excedentárias de um dia para outro - em 4%.
Lagarde disse também aos eurodeputados que as taxas de juro estão em níveis que, "mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente para garantir que a inflação regresse atempadamente ao objetivo de médio prazo de 2%".
Quanto aos fatores que irão influenciar a evolução dos preços nos próximos meses, a presidente do BCE sublinhou que o crescimento dos salários "deverá tornar-se um fator de inflação cada vez mais importante nos próximos meses".
Lagarde realçou ainda que a monitorização da evolução dos salários do BCE "continua a apontar para fortes pressões salariais, mas os acordos indicam uma estabilização no último trimestre de 2023", salientando também que o impacto destas pressões em 2024 dependerá sobretudo do resultado das negociações coletivas. Estes aumentos salariais são, no entanto, "parcialmente amortecidos pelas margens de lucro" das empresas, esclareceu.
Lagarde salientou também que, embora a inflação de base tenha descido gradualmente, a inflação dos serviços "mostra sinais de persistência". No que diz respeito à situação macroeconómica, a presidente do BCE assinalou que a debilidade da atividade afeta amplos setores e que os dados sugerem que continuará "no futuro próximo", embora alguns indicadores prospetivos apontem para uma recuperação este ano.