Notícia
Nível de preços em Espanha é mais baixo do que por cá. Restaurantes e hotéis são exceção
Análise do INE revela que o nível de preços, tanto em Espanha como Portugal, ficou abaixo do registado na União Europeia em 2022. Porém, os preços nos alimentos e bebidas não alcoólicas, vestuário e calçado e comunicações ficou acima da média da UE.
O nível de preços em Espanha é mais baixo do que em Portugal, exceto no que toca a restaurantes e hotéis. A conclusão consta de uma análise publicada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) com indicadores macroeconómico sobre a Península Ibérica, onde é feito um retrato dos dois países.
"Em 2022, o nível de preços em Espanha só foi superior ao de Portugal no agregado (da Contabilidade Nacional) restaurantes e hotéis, mas ambos abaixo da média da União Europeia (UE)", indica o INE, no documento intitulado "Península Ibérica em Números". Quer isto dizer que, tendo em conta as despesas mensais, os consumidores portugueses pagam mais do que os espanhóis, exceto em restaurantes e hotéis.
O INE dá ainda conta de que o nível de preços português, além de ser superior ao espanhol na generalidade de bens e serviços, "situou-se acima da média nos agregados alimentos e bebidas não alcoólicas, vestuário e calçado e comunicações".
Essa análise tem por base o nível de preços das despesas mensais dos dois países, referentes a 2022 e ajustados em termos de paridades de poder de compra (para eliminar as diferenças entre os países em termos de nível de vida e câmbio). A análise considera um conjunto de cerca de dois mil produtos que figuram habitualmente na lista mensal de compras das famílias e que divergem, por vezes de forma significativa.
Os dados das despesas mensais analisados pelo INE revelam que, apesar de habitualmente os espanhóis gastarem mais do que os portugueses em compras, os gastos mensais aproximaram-se entre os dois países desde 2020. Em 2022, a despesa do consumo final das famílias per capita em paridades de poder de compra padrão (PPS) foi de 16.200 euros, enquanto em Portugal foi de 16.100.
Entre 2015 e 2022, a variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) – que permite comparar a evolução dos preços entre os 27 países da UE – em Portugal e Espanha seguiu "trajetórias de sentido idêntico em ambos os países, que não se afastaram muito dos valores apurados para a União Europeia".
Em 2022, ano marcado pelo início da guerra na Ucrânia que impulsionou a subida generalizada dos preços, Portugal e Espanha tiveram "o grande aumento do IHPC no final da série, face ao ano anterior". Esse aumento teve "maior expressão em Portugal", com o IHPC português a atingir 7,2%, enquanto o espanhol foi de 5,3%. Por outro lado, a variação homóloga do IHPC da UE em 2022 foi de 6,3%.
O INE revela ainda que, no que respeita ao IHPC para alimentos e bebidas não alcoólicas, "a situação foi idêntica, embora com valores mais elevados". O IHPC dos alimentos em Portugal foi de 12,3 pontos percentuais em 2022, ao passo que em Espanha foi de 9,8 pontos percentuais. Na UE, foi de 10,3 pontos percentuais.
"Em 2022, o nível de preços em Espanha só foi superior ao de Portugal no agregado (da Contabilidade Nacional) restaurantes e hotéis, mas ambos abaixo da média da União Europeia (UE)", indica o INE, no documento intitulado "Península Ibérica em Números". Quer isto dizer que, tendo em conta as despesas mensais, os consumidores portugueses pagam mais do que os espanhóis, exceto em restaurantes e hotéis.
Essa análise tem por base o nível de preços das despesas mensais dos dois países, referentes a 2022 e ajustados em termos de paridades de poder de compra (para eliminar as diferenças entre os países em termos de nível de vida e câmbio). A análise considera um conjunto de cerca de dois mil produtos que figuram habitualmente na lista mensal de compras das famílias e que divergem, por vezes de forma significativa.
Os dados das despesas mensais analisados pelo INE revelam que, apesar de habitualmente os espanhóis gastarem mais do que os portugueses em compras, os gastos mensais aproximaram-se entre os dois países desde 2020. Em 2022, a despesa do consumo final das famílias per capita em paridades de poder de compra padrão (PPS) foi de 16.200 euros, enquanto em Portugal foi de 16.100.
Entre 2015 e 2022, a variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) – que permite comparar a evolução dos preços entre os 27 países da UE – em Portugal e Espanha seguiu "trajetórias de sentido idêntico em ambos os países, que não se afastaram muito dos valores apurados para a União Europeia".
Em 2022, ano marcado pelo início da guerra na Ucrânia que impulsionou a subida generalizada dos preços, Portugal e Espanha tiveram "o grande aumento do IHPC no final da série, face ao ano anterior". Esse aumento teve "maior expressão em Portugal", com o IHPC português a atingir 7,2%, enquanto o espanhol foi de 5,3%. Por outro lado, a variação homóloga do IHPC da UE em 2022 foi de 6,3%.
O INE revela ainda que, no que respeita ao IHPC para alimentos e bebidas não alcoólicas, "a situação foi idêntica, embora com valores mais elevados". O IHPC dos alimentos em Portugal foi de 12,3 pontos percentuais em 2022, ao passo que em Espanha foi de 9,8 pontos percentuais. Na UE, foi de 10,3 pontos percentuais.