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Peter Praet sugeriu rever medidas do BCE em Março. Os governadores aceitaram

Mario Draghi lançou a bomba: o BCE pode anunciar mais medidas em Março. Um sinal que, devido à sua força, surpreendeu os investidores. Mas os relatos do banco central vieram revelar que essa foi uma sugestão de Peter Praet na última reunião, com a qual grande parte dos membros concordou.

Bruno Simão/Negócios
18 de Fevereiro de 2016 às 15:38
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Após a mais recente reunião de política monetária do Banco Central Europeu, Mario Draghi sugeriu em conferência de imprensa que as medidas de estímulo poderiam ser revistas em Março. Mas os relatos da reunião de Janeiro vieram, agora, revelar que essa sugestão foi feita por Peter Praet no início do encontro. É que a turbulência no início do ano aumentou os riscos, mas é preciso esperar pelas novas projecções económicas.

"A recuperação económica da Zona Euro continuou e há boas provas de que as medidas de política monetária em prática funcionaram bem", desde a reunião de Dezembro, disse Peter Praet, no início do encontro realizado a 21 de Janeiro. O membro da comissão executiva do BCE salientou, contudo, que "os riscos negativos aumentaram de novo, desde o início do ano, entre uma elevada incerteza acerca das perspectivas de crescimento das economias dos mercados emergentes, volatilidade nos mercados financeiros e riscos geopolíticos".

Além disso, destacou o responsável, "a inflação continuou a ser mais fraca do que o previsto". Por isso, "o cruzamento do resultado da análise económica com os sinais vindos da análise monetária confirmou a eficácia das medidas em prática, mas também a necessidade de rever e possivelmente reconsiderar a orientação monetária na próxima reunião", disse Peter Praet. Uma sugestão com a qual concordaram os vários membros do conselho de Governadores da instituição monetária.

Isto porque, até lá, "as novas projecções macroeconómicas da equipa do BCE já estarão disponíveis", incluindo as previsões para 2018. E os relatos da reunião acrescentam ainda que, "face às actuais incertezas e volatilidade, os membros consideraram prematura qualquer conclusão sobre a actuação monetária". Mas reconheceram também os riscos.

"Houve um amplo consenso entre os membros de que, desde o início do ano, os riscos negativos aumentaram", apesar de as medidas em prática estarem a resultar, por exemplo, numa maior robustez da Zona Euro. Mas apontaram indirectamente o dedo à China, ao afirmarem que a transmissão da política monetária através da desvalorização do euro estar a ser afectada, "em particular, pela depreciação das moedas dos mercados emergentes".

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