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Nowotny: É importante manter realismo para a reunião do BCE em Março

Após o impacto negativo das medidas anunciadas pelo BCE em Dezembro, o governador do Banco Nacional da Áustria quer evitar uma repetição. Diz que a culpa foi, então, das expectativas desajustadas e alerta que, agora, não se deve perder tempos com "jogos mentais".

Bloomberg
17 de Fevereiro de 2016 às 09:12
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As medidas anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) em Dezembro ficaram muito aquém das expectativas dos mercados. Mas Ewald Nowotny rejeita responsabilidades da instituição monetária. O governador do Banco Nacional da Áustria considera que os investidores estavam desajustados e alerta que é preciso ser claro quanto à reunião de Março.

"Em Dezembro, entre visitas a Londres, fui confrontado com considerações quase ridículas que estavam desfasadas da realidade", disse Ewald Nowotny ao site Cash, em entrevista publicada esta quarta-feira, 17 de Fevereiro, citada pela Reuters. O responsável referia-se aos estímulos que vários especialistas apontavam então que o BCE viesse a aprovar e que acabaram por não se verificar, causando uma forte reacção negativa dos mercados.

O também membro do Conselho de Governadores do BCE aponta que, "actualmente, esse não é o caso. Estamos a ter discussões relativamente sérias". Mas Ewald Nowotny salienta que ainda falta tempo até Março e, por isso, deixa um alerta: "é importante que não nos percamos em 'jogos mentais' que simplesmente são institucional e tecnicamente impossíveis".

Estas declarações surgem numa altura em que é quase unânime a expectativa de que o BCE avançará com mais estímulos à economia da Zona Euro em Março. Essa possibilidade já foi admitida por Mario Draghi por duas vezes, mas o receio é que os investidores e os especialistas estejam a antecipar medidas muito superiores às que a instituição monetária está disposta a aprovar.

De recordar que, em Dezembro, o BCE anunciou um corte na taxa de depósitos de -0,2% para -0,3%, quando alguns especialistas previam que pudesse ir até aos -0,5%. Havia também a expectativa alargada de que o montante mensal das compras de activos fosse aumentado face aos actuais 60 mil milhões de euros, algo que não se concretizou. Em vez disso, Mario Draghi anunciou uma extensão das compras de activos até Março de 2017.

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