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Não, o dinheiro não vai morrer, diz banco central suíço

Perante os receios de que a autoridade monetária encoste as impressoras e acabe com a circulação de papel-moeda, o banco central helvético vem garantir que as notícias sobre a morte do dinheiro físico são "infundadas."


As taxas de juro oficiais dos bancos centrais da Suíça, Dinamarca, Suécia e Japão são actualmente negativas, situando-se em -0 .75%, -0.65%, -0.50% e -0.10%, respectivamente. A Zona Euro tem uma taxa de depósito negativa, mas a taxa de refinanciamento principal é de 0%. Já que o alegado “limiar zero” foi quebrado, esperamos que os estrategas políticos voltem a recorrer a taxas negativas no futuro. No entanto, estas constituem uma “ferramenta de emergência”, devido aos problemas que criam à banca, como o Banco Central Europeu (BCE) constatou com sua taxa de juro de -0,4% sobre o excesso de reservas.
Reuters
27 de Fevereiro de 2017 às 13:19
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O banco central suíço recorreu à frase famosa do escritor Mark Twain para garantir que não tem qualquer intenção de retirar de circulação o dinheiro físico, nem devido à evolução dos sistemas de pagamentos, nem para combater a lavagem de capitais.


"Como fornecedor das notas de francos suíços o Banco Nacional da Suíça (…) assegura que os relatos sobre a morte do dinheiro não são apenas exageradas – são infundadas. O BNS não tem quaisquer planos para acabar com o dinheiro."


A afirmação está inscrita nas notas de Fritz Zurbruegg, o vice-governador do banco central, preparadas para a World Banknote Summit (cimeira mundial de notas, que arranca esta segunda-feira, 27 de Fevereiro em Basileia ), citadas pela Reuters.


Em causa a preocupação manifestada na sociedade suíça de que o banco central helvético possa vir a descontinuar as notas, nomeadamente as de maior valor, seguindo assim os passos do Banco Central Europeu, que em Maio do ano passado, anunciou o fim da emissão das notas de maior denominação- 500 euros, dado o uso preferencial que as actividades ilícitas delas faz.


Não é o caso da Suíça, garante o vice-governador. "Não temos indicação de que as maiores denominações – no nosso caso a nota de mil francos [cerca de 935 euros à cotação actual] apresente um risco específico," afirma, mostrando-se seguro de que as leis de combate à lavagem de dinheiro impedem o uso dessas notas em actividades ilícitas.


Tal como na Alemanha, também na Suíça há tradição de uso de notas de valores elevados em transacções. E Zurbruegg refere que a crise económica e financeira internacional aumentou a procura pelo dinheiro físico como garantia de confiança. Os juros negativos também favorecem a procura por notas, acrescenta.


Por isso também o banco está prestes a emitir uma nova série de notas tecnologicamente mais avançadas e garante que, em simultâneo, providenciará para que os pagamentos electrónicos funcionem em pleno.

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