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Banco Nacional da Suíça registou o maior prejuízo em 116 anos de história

O banco central espera contabilizar uma perda anual de 132 mil milhões de francos suíços (133,6 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual). As participações em moedas estrangeiras foram o fator que fez mais mossa à instituição.

09 de Janeiro de 2023 às 13:58
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O Banco Nacional da Suíça (SNB) não vai entregar dividendos, pela segunda vez nos seus 116 anos de história, devido a mais um prejuízo recorde registado no ano passado, que supera em cinco vezes o recorde alcançado em 2021, de acordo com os resultados preliminares do banco central, citados pela Bloomberg.

 

O banco central espera contabilizar uma perda anual de 132 mil milhões de francos suíços (133,6 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual). O grande rombo nas contas do banco central advém do câmbio, ou seja do investimento estratégico em moeda estrangeira, resultado de uma década de compras tendo em vista o enfraquecimento do franco suíço (o que beneficia as empresas importadoras do país).

 

No total, o valor total das reservas cambiais do banco central suíço caiu cerca de 17% no ano passado. Em dezembro, a instituição detinha 784 mil milhões de francos suíços (793,6 mil milhões de euros) em reservas, abaixo dos 945 mil milhões de francos (956,6 mil milhões de euros) em 2021. Ainda assim, o banco continua a primar pelo acumulado de reservas de moeda estrangeira, excedendo ainda o PIB da Arábia Saudita por exemplo, de acordo com as contas da Bloomberg.

 

Por outro lado, o investimento em francos suíços levou o banco a registar uma perda de mil milhões em francos suíços (1.012 milhões de euros). Já o investimento em ouro trouxe ao banco um ganho de 400 milhões de francos suíços (404,9 milhões de euros).

 

Além do Estado, também os outros acionistas privados do SNB vão ficar de mãos a abanar no que toca à distribuição de dividendos. Ao contrário de outros bancos centrais, o Banco Nacional da Suíça é uma sociedade anónima de capital aberto. Os resultados finais são apresentados a 6 de março.

 

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