Mario Draghi afirmou, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Banco Central Europeu (BCE), que a informação disponível continua a confirmar as previsões da autoridade e que apontam para uma recuperação da economia da Zona Euro, apesar dos riscos que ainda persistem.

As expectativas em torno da inflação apontam para que esta esteja “firmemente ancorada”, prevendo-se que permaneça “abaixo, mas próxima de 2%”, que é o objectivo do BCE. E ainda que as “pressões inflacionistas estejam controladas”, Draghi admite que a Zona Euro deverá passar por um “período prolongado de inflação baixa”.

Em Dezembro, a taxa de inflação na Zona Euro voltou a abrandar para 0,8%, o que voltou a fazer soar os alarmes em relação ao perígo de deflação na região, Mario Draghi rejeitou este cenário e explicou que este abrandamento esteve relacionado, sobretudo, com um ajuste técnico feito na Alemanha.

O BCE reitera também a perspectiva de “recuperação gradual na Zona Euro”.

Mario Draghi salientou que o BCE deverá “manter juros baixos por um período extenso” e que os responsáveis estão “determinados” em actuar “caso necessário.”

O BCE decidiu esta quinta-feira, 9 de Janeiro, manter a taxa de juro inalterada no mínimo histórico de 0,25%, bem como a taxa de depósito em 0%, o que já era antecipado pela generalidade dos economistas.

Ainda assim, a Zona Euro continua rodeada de “incertezas” e são vários os factores que “podem afectar as condições económicas”.