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BCE mantém juros em 0,25%

O Banco Central Europeu (BCE) manteve o preço do dinheiro inalterado no mínimo histórico de 0,25%, tal como o antecipado pelos economistas. Acompanhe aqui em directo a conferência de imprensa.

Bloomberg
09 de Janeiro de 2014 às 12:46
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A autoridade monetária da Zona Euro anunciou a manutenção da taxa de juro de referência em 0,25%, bem como a taxa dos depósitos em 0%.

 

Os investidores aguardam agora pelas palavras do presidente do BCE, Mario Draghi, que explicará as decisões e responderá às questões dos jornalistas esta quinta-feira a partir das 13h30, hora de Lisboa. Uma conferência que pode acompanhar em directo.

 

Mario Draghi tem reiterado que passar a cobrar aos bancos para depositar liquidez no banco central é algo para que o BCE está "tecnicamente preparado" mas os economistas recordam que Vítor Constâncio, o vice-presidente do BCE, afirmou que essa é uma ferramenta para utilizar "em situações extremas".

Depois de recuperar ligeiramente em Novembro, a taxa de inflação na Zona Euro voltou a desacelerar em Dezembro, para 0,8%, o que continua bem abaixo da meta do BCE de "perto, mas abaixo de 2%. "O número ilustra que os riscos de deflação não desapareceram", alerta Carsten Brzeski, economista do ING. Ainda assim, a expectativa dos analistas é que Draghi não faça mais do que "adoptar um tom acomodatício [isto é, sinalizar disponibilidade para tomar novas iniciativas de estímulo], mantendo a porta aberta a possíveis medidas nos próximos meses", diz o Newedge Strategy.

Medidas que, alertam os economistas, podem ser necessárias. O euro continua em níveis considerados elevados para a competitividade dos países do Sul da Europa e os empréstimos às empresas continuam a encolher, "o que cria uma questão: quão robusta pode ser uma retoma económica sem crédito?" diz Carsten Brzeski. 

A conjuntura "justifica um esforço por parte do BCE para garantir que a política monetária continuará a suportar o crescimento, o que poderá incluir novas medidas não convencionais", afirma Paula Gonçalves Carvalho, economista-chefe do BPI. O que poderá passar por "novas operações de cedência de liquidez por prazos longos aos bancos (LTRO), mas desta vez possivelmente condicionada à concessão de crédito ao sector privado", acrescenta a economista.

Richard Barwell, economista do Royal Bank of Scotland, alerta, no entanto, que só porque não se espera que Draghi anuncie novidades esta quinta-feira, "a sua inacção não deve ser confundida com indiferença". Para Barwell, Draghi irá reiterar a disponibilidade para agir "mas quando questionado sobre o que o BCE pode fazer para estimular o crédito, ele deverá responder algo como: vamos melhorar a situação dos bancos". Isto é, o presidente do BCE deverá insistir na importância do processo de avaliação da qualidade dos activos que o BCE está a promover, diz o especialista.

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