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Draghi: "É necessário aliviar a dívida grega"
O presidente do BCE diz que "ninguém questiona" a necessidade de aliviar o fardo da dívida grega. A questão é saber "qual é a melhor forma de o fazer" no contexto legal e económico da Zona Euro.
O presidente do BCE diz que não há dúvidas para ninguém: o fardo da dívida grega tem de ser aliviado. A questão é saber como o fazer no contexto europeu. "Devemos focar-nos neste ponto nas próximas semanas", afirmou Mario Draghi na conferência de imprensa, de quinta-feira, dia 16 de Julho, que se seguiu à reunião de dois dias do Conselho do BCE, na qual partilhou uma avaliação cautelosa mas optimista quanto ao acordo firmado no fim-de-semana.
"Não é controverso que é necessário aliviar a dívida grega" respondeu Mario Draghi aos jornalistas. "Ninguém questiona isso, a questão agora "é saber qual é a melhor forma de o fazer" no contexto económico, político e legal da Zona Euro. E esse é um debate para as próximas semanas, continuou. O FMI tem defendido a importância de avançar pelo menos um reescalonamento de muito longo prazo da dívida grega aos credores europeus, com um período de carência de cerca de 30 anos.
O presidente do BCE hesitou comentar o programa que acompanha o terceiro resgate grego pois, na verdade, esse é um trabalho que, no detalhe ,ainda está para fazer. "O que temos agora, nas instituições [Comissão Europeia, FMI e BCE] é um mandato para negociar" o programa de ajustamento para os próximos três anos, afirmou. Este é um processo que deverá levar cerca de quatro semanas.
Ainda assim, o líder do banco central considerou que o documento que foi discutido e acordado no fim de semana continha uma "lista impressionante" de medidas para a economia grega, não se ficando "pelo habitual documento orçamental". O objectivo destas medidas é "garantir crescimento, justiça social, e garante a estabilidade financeira" e isso está no centro do acordo, defende.