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Lagarde: Negociações para terceiro resgate à Grécia não vão funcionar sem um alívio da dívida

Numa entrevista a uma rádio francesa, a directora-geral do FMI apontou que as negociações com vista a um terceiro resgate à Grécia não funcionarão a menos que a Zona Euro reduza o fardo da dívida da Grécia. Um aumento dos prazos de pagamento e uma redução dos juros podem ser a solução. “Pura e simplesmente reduções de dívida parecem estar descartadas”.

Christine Lagarde
17 de Julho de 2015 às 10:42
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Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), insiste que a Grécia precisa de um alívio relativamente à sua dívida. Além disso, as negociações para que seja alcançado um acordo para um terceiro resgate à Grécia não vão resultar a menos que a Zona Euro reduza o fardo da dívida da Grécia, sustenta Largade numa entrevista à rádio francesa Europe1, citada pela Bloomberg.

Nesta matéria Lagarde mostrou-se muito segura. Questionada pelos jornalistas se um acordo poderia ser viável sem alívio da dívida, Lagarde disse "a resposta é categoricamente não".

O FMI tem defendido a importância de avançar com, pelo menos, um reescalonamento de muito longo prazo da dívida grega aos credores europeus, com um período de carência de cerca de 30 anos.

Ontem, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), disse que não há dúvidas para ninguém: o fardo da dívida grega tem de ser aliviado. A questão é saber como o fazer no contexto europeu. "Devemos focar-nos neste ponto nas próximas semanas", afirmou Mario Draghi na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de dois dias do Conselho do BCE, na qual partilhou uma avaliação cautelosa mas optimista quanto ao acordo firmado no fim-de-semana.

"Não é controverso que é necessário aliviar a dívida grega" respondeu Mario Draghi aos jornalistas. "Ninguém questiona isso", a questão agora "é saber qual é a melhor forma de o fazer" no contexto económico, político e legal da Zona Euro. E esse é um debate para as próximas semanas, continuou.

Uma extensão dos períodos de pagamento e uma diminuição dos juros pode ser o caminho escolhido para esse alívio. "Pura e simplesmente reduções de dívida parecem aparentemente descartadas", afirmou Lagarde.

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