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Crise grega ao minuto, 17 de Julho: Alemanha aprova negociações para novo resgate à Grécia

O Parlamento alemão já deu luz verde às negociações para o terceiro resgate à Grécia, depois de Merkel ter alertado que Atenas enfrentaria "caos e violência" se saísse do euro. Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, admite temer o contágio político da crise grega, e não o financeiro.

Reuters
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18h55 - Alexis Tsipras remodela Governo. O primeiro-ministro grego demitiu alguns dos "rebeldes" que no dia 15 de Julho votaram contra as reformas que eram exigidas pelos credores em troca de uma nova ajuda financeira.


17h05 - 
Os ministros das Finanças da Zona Euro acordaram usar os lucros feitos com a negociação de dívida dos países que em 2010 tiveram dificuldades em aceder aos mercados, como o caso de Portugal, da Grécia ou de Espanha, como garantia aos países que não fazem parte do euro no empréstimo ponte a Atenas.


15h30 - 
A teleconferência do Eurogrupo já foi concluída, revela o porta-voz do Eurogrupo no seu Twitter, que promete para breve um comunicado. 


15h23 - 
Depois do "sim" de vários parlamentos nacionais – como o alemão e o austríaco – o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) também já aprovou as negociações para um terceiro resgate à Grécia. "O Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade aprovou hoje a decisão de conceder apoio de estabilidade à Grécia sob a forma de um programa de empréstimos", refere o comunicado emitido pelo MEE.

"Congratulamo-nos com o facto de o governo e o parlamento grego terem votado a favor das reformas, com uma maioria muito ampla. Isso abriu caminho para a decisão de hoje de iniciar negociações sobre um novo programa para o benefício da Grécia", assinalou Klaus Regling, director do MEE, em comunicado. "Permitam-me sublinhar que, graças à implementação de reformas, a Grécia começou a crescer novamente em 2014, o desemprego começou a cair, e o país recuperou um pouco o acesso ao mercado".

Regling acrescenta ainda que o MEE ainda tem uma capacidade de empréstimo de 455 mil milhões de euros, "mas será necessária apenas uma pequena parte desse montante". 

 

14h34 - "Grécia recebe 7,16 mil milhões de euros na segunda-feira", revelou o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis. Foi desta forma que o responsável revelou os países da União Europeia chegaram a acordo sobre o empréstimo ponte à Grécia. 

Uma informação que entretanto também já foi confirmada pelo mesmo responsável através da sua conta do Twitter.


13h58 -
Segundo o The Guardian, surgem notícias de que Tsipras deverá adiar a remodelação do Governo, devido à situação de emergência do país, relacionada com os incêndios. 

13h46 -
Os responsáveis máximos do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), liderado por Klaus Regling, vão reunir-se através de teleconferência às 15h de Bruxelas (14h em Lisboa), revelou o porta-voz do Eurogrupo, através do Twitter. Que disse também que os ministros das Finanças vão realizar uma teleconferência depois.


13h39 - 
Parlamento da Letónia também já terá aprovado o início das negociações para o terceiro resgate grego, de acordo com a imprensa. A Letónia não está entre os países obrigados a aprovar o regresso às negociações. São apenas seis: Alemanha, Finlândia e Áustria (já aprovaram), Países Baixos, Eslováquia e Estónia. 


13h27 -
A Grécia está a lutar contra vários incêndios espalhados pelo país. Um deles em Atenas. As chamas estão inclusivamente perto de casas (como se pode ver na foto ao lado), tendo já obrigado à evacuação de duas povoações. A estação de televisão grega Skai revela que as autoridades já pediram ajuda à França e à Itália para combater os fogos que se espalham pelo território. 

12h57 - Parlamento alemão aprova negociações para o terceiro resgate à Grécia, com 439 votos a favor, 119 contra e 40 abstenções. 50 deputados do CDU, o partido de Merkel, foram contra a vontade da chanceler e do ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, e votaram desfavoravelmente as negociações para o terceiro resgate a Atenas. Ou seja, dos 119 votos contra, quase metade proveio de deputados do CDU. 


12h38 -
Começou votação no Bundestag sobre negociações para o terceiro resgate à Grécia. 

12h10 - 
O jornal grego Kathimerini avança, citando a Reuters, que o ministro do Trabalho vai substituir o ministro da Energia (que votou contra o programa de austeridade)

 


12h05 -
Parlamento da Áustria aprova regresso às negociações para um terceiro resgate à Grécia.

11h25 -
Numa longa entrevista ao Financial Times e seis jornais europeus, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, admitiu recear não o contágio financeiro da crise grega, mas sobretudo o contágio ideológico e político. Donald Tusk acredita que está a surgir na Europa um novo espírito ideológico, "algo parecido com uma impaciência generalizada", que é muito arriscado. O presidente do Conselho Europeu admite que "ninguém está satisfeito" com o acordo, e que é preciso continuar as negociações, evitando os temas como o da humilhação - muito sensíveis na Europa, especialmente olhando para a história da Alemanha.


11h02 -
O ministro das Finanças da Alemanha apelou aos deputados do país que aprovem o início das negociações para um terceiro resgate à Grécia, prometendo que esta será a última tentativa para tentar resolver a crise grega.  

10h15 - Uma discussão sobre um perdão de dívida à Grécia é "inútil". Quem o diz é o primeiro-ministro da Finlândia, Juha Sipila. "A coisa mais importante neste momento é que os empréstimos parem de aumentar", afirmou o responsável numa entrevista, citado pela Bloomberg.


09h29 - 
A chanceler alemã, Angela Merkel, defende que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, venceu as eleições com duas promessas que não podem coexistir: o fim da austeridade e a permanência na Zona Euro. Num discurso no Bundestag, a chanceler admite que nunca viu dias "tão dramáticos" como estes últimos, devido à Grécia.

 

Angela Merkel afirmou ainda que "apesar das enormes diferenças políticas", a Zona Euro queria que a Grécia permanecesse na união monetária. 


08h37 -
O vice-ministro das Finanças da Grécia, Dimitris Mardas, revelou, numa entrevista à televisão Skai, que os bancos vão abrir na segunda-feira para os serviços básicos, reiterando que os levantamentos continuam limitados a 60 euros por dia. O responsável adiantou que os pagamentos ao exterior vão ser facilitados de forma a facilitar a vida às empresas exportadoras. Além disso será possível enviar um total de 5.000 euros a cada três meses a estudantes que estejam fora do país.

07h57 -
O Parlamento da Alemanha vota esta sexta-feira, 17 de Julho, a ajuda à Grécia. A votação está agendada para as 13h de Berlim, ou seja, 12h em Lisboa. Este o um dos seis parlamentos da Zona Euro que tem de dar luz verde ao regresso às negociações com Atenas. Os seis países obrigados a aprovar estas questões no Parlamento são: Alemanha, Países Baixos, Finlândia, Áustria, Eslováquia e Estónia. 

07h55 -
O primeiro-ministro grego está a preparar uma remodelação do Governo para o final da semana, depois de ter enfrentado duras críticas sobre o acordo realizado com os credores. O jornal alemão "Bild" fala em "várias" saídas do Governo que serão anunciadas por Tsipras, sendo certo que o ministro da Energia, que votou contra o acordo no Parlamento, será um dos remodelados.

- Alexis Tsipras terá dito que o apoio actual ao Governo é fraco, depois de vários membros do Syriza terem retirado o seu apoio ao Executivo. O primeiro-ministro grego terá dito também que está obrifado a continuar a Governo, pelo menos, até que o acordo com os credores esteja fechado, de acordo com a Bloomberg. A informação foi revelada por uma fonte oficial do Governo, que não quis ser identificado.

07h52 - 
A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reiterou esta sexta-feira que o acordo alcançado entre os credores e a Grécia não é viável sem que haja um perdão de dívida, segundo uma entrevista concedida à rádio francesa Europe1. A responsável disse ainda não saber porém qual o montante de dívida que é preciso perdoar à Grécia para que a situação se torne sustentável.

 

Ponto de situação:

Os ministros das Finanças deram o seu "ok" ao empréstimo ponte que será feito à Grécia. Mesmo os ministros das Finanças que não pertencem ao euro, isto porque foi garantido que os contribuintes destes países não seriam chamados a contribuir efectivamente. Só desta forma os responsáveis aprovaram o recurso ao Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF) para se disponibilizar à Grécia um empréstimo ponte no valor de sete mil milhões de euros.

 

Ontem foi também decidido voltar a abrir os bancos na Grécia na próxima segunda-feira, mas os depositantes só vão poder levantar 60 euros por dia, confirmou o ministro-adjunto das Finanças, Dimitris Mardas. "A partir de segunda-feira, as pessoas podem ir aos bancos e fazer todas as operações", afirmou o ministro na televisão pública grega.

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