Os juros da dívida pública da Grécia, negociados no mercado secundário, estão a cair em todos os prazos. A dois anos, as "yields" descem 269,7 pontos base para 21,854%, a quatro anos recuam 131,2 pontos base para 17,339%. A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si descem 36,1 pontos base para 11,290%.

Olhando para os juros helénicos em termos semanais é possível verificar que a dois anos os juros recuam 9,768 pontos percentuais esta semana em relação à semana passada. A quatro anos descem 5,004 pontos percentuais e a dez anos perdem 2,292 pontos percentuais esta semana face à anterior.

Na última segunda-feira e cerca de 17 horas depois do início do encontro, os líderes da Zona Euro e a Grécia chegaram a um entendimento que permite à Grécia continuar na Zona Euro e abriu caminho para o início das negociações com vista a um terceiro resgate no valor de mais de 80 mil milhões de euros.

Esta quinta-feira, os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram a um acordo de princípio para conceder um terceiro resgate de três anos à Grécia. O mais urgente é um empréstimo de emergência de sete mil milhões de euros a Atenas, que foi também aprovado pelos 28 países europeus. Os que não pertencem ao euro, como é o caso do Reino Unido, receberam a garantia de que não correrão riscos.

Esta sexta-feira, o Parlamento alemão votou o início das negociações para um novo plano de ajuda à Grécia. Foi aprovado com 439 votos a favor.

Portugal é a excepção

Os juros dos restantes países periféricos estão também em queda, ainda que mais ligeira que os da Grécia, com excepção para Portugal, que regista uma subida ligeira.

As "yields" italianas recuam em todos os prazos sendo que a dez anos descem 2,1 pontos base para 1,969%.

No caso da dívida de Espanha, os juros estão igualmente a ceder em todas as maturidades. A dez anos deslizam 0,6 pontos base para 1,973%.

Os juros de Portugal são assim a excepção entre os restantes países periféricos. Este comportamento tem lugar depois de as "yields" nacionais terem recuado oito sessões consecutivas. Os juros sobem em todos os prazos, sendo que na maturidade a dez anos, as "yields" somam 1,9 pontos base para 2,696%.