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BCE aumenta linha de emergência aos bancos gregos em mais 600 milhões de euros

O limite da cedência de liquidez de emergência já supera os 69 mil milhões de euros, depois de mais um aumento autorizado esta quinta-feira pelo Conselho do Banco Central Europeu.

5 de Março – Draghi na conferência de imprensa após a reunião do BCE

'A última coisa que se pode dizer é que o BCE não está a ajudar a Grécia'
Reuters
12 de Março de 2015 às 13:04
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O Conselho do Banco Central Europeu autorizou mais um aumento de 600 milhões de euros na Assistência de Liquidez de Emergência (ELA, na sigla em inglês) à Grécia, tendo aumentado o limite máximo dos fundos a ceder à banca de 68,8 para 69,4 mil milhões de euros.

 

A notícia está a ser avançada pelas agências Bloomberg e Reuters, dando conta que a aprovação foi efectuada numa reunião dos membros do BCE que se realizou por teleconferência.

 

Em meados de Fevereiro esta linha estava em 65 mil milhões de euros e foi aumentada em 500 milhões de euros na última reunião do banco central, a 5 de Março. Haverá nova reavaliação do limite numa reunião agendada para 18 de Março.

 

Desde que deixou de aceitar a dívida soberana grega como colateral nos empréstimos aos bancos do euro, o BCE já por várias vezes teve que elevar este montante da ELA para os bancos gregos, que enfrentam dificuldades adicionais em obter financiamento.

 

Este tipo de assistência é concedido pelo banco central nacional, que aceita colateral de pior qualidade como a dívida grega (já excluída pelo BCE) e fica também com o risco. No entanto, dados os montantes envolvidos carece de aprovação em Frankfurt. A ELA só pode ser concedida de forma temporária e a bancos solventes.

 

Este financiamento aos bancos gregos tem gerado controvérsia dentro do BCE, sendo que o Governador do Bundesbank afirmou esta quinta-feira que a solvência dos bancos gregos está muito dependente da solvência do Estado grego.


"O financiamento do Estado grego através dos bancos, que acendem ao financiamento através das operações da ELA do banco central grego, traz preocupações óbvias sobre o financiamento monetário estatal", afirmou Jens Weidmann, governador do banco central alemão.

 

"O Eurosistema tem de garantir que os bancos gregos não enfraquecem a sua posição de liquidez comprando dívida pública grega, pois não existe mercado para estes títulos", acrescentou, citado pela Bloomberg.  

 

Esta autorização do BCE surge no dia em que o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, diz numa entrevista a um canal de televisão grego que "o BCE está a implementar uma política que pode ser considerada asfixiante para o nosso Governo".

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