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Banco de Inglaterra responde ao Brexit com menores exigências aos bancos

Mark Carney afirmou que os sinais de impacto do Brexit já se começam a materializar e anunciou medidas para reforçar o financiamento da economia.

Bloomberg
05 de Julho de 2016 às 11:58
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O Banco de Inglaterra aliviou as exigências aos bancos britânicos, reduzindo de 0,5% para 0% a taxa adicional de capital que é exigida às instituições financeiras.

 

O fim da exigência desta almofada, caso se mantenha até Junho de 2017, vai reforçar a capacidade de financiamento dos bancos em 150 mil milhões de libras (179 mil milhões de euros). E reduzir as exigências de capital num total de 5,7 mil milhões de libras (6,8 mil milhões de euros).

 

"É agora evidente que alguns riscos se materializaram", afirma o banco central no relatório semestral sobre estabilidade financeira, afirmando que devido ao Brexit, o "outlook é desafiante".

 

Antes do referendo de 23 de Junho, o Banco de Inglaterra tinha alertado para os riscos de quebra na procura de activos imobiliários e para os efeitos da queda da libra. A moeda britânica atingiu esta terça-feira um novo mínimo de 31 anos.   

 

"O número de famílias vulneráveis pode aumentar devido às perspectivas económicas mais difíceis", afirmou o governador, Mark Carney, em conferência de imprensa.

 

Para assegurar a estabilidade financeira, o Banco de Inglaterra diz que está pronto para adoptar "medidas adicionais", estando atento aos riscos que já tinha identificado que poderiam acontecer devido ao resultado do referendo. Alertou contudo que não poderá anular todos os efeitos da decisão dos britânicos de saírem da União Europeia.

 

De acordo com o banco central, as instituições financeiras do país mantêm "almofadas de capital e liquidez substanciais", que "podem ser reduzidas, se for necessário, para amortecer os choques e manter o nível de financiamento à economia real". Carney alertou contudo que a redução da taxa adicional de capital não pode ser utilizada para os bancos reforçarem o pagamento de dividendos aos accionistas.   

 

Além destas medidas hoje anunciadas, o Banco de Inglaterra reforçou os mecanismos de cedência de liquidez ao sistema financeiro e, de acordo com os analistas, deverá reduzir as taxas de juro (actualmente já num mínimo histórico de 0,5%) já na reunião de Agosto.

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