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Banco de Inglaterra sobe taxa de juro em 25 pontos base para 1%. É a maior subida desde 2009

O Banco de Inglaterra (BoE) subiu as taxas de juro em 25 pontos base para 1%. Esta é a quarta subida consecutiva da taxa de juro feita por este banco central.  

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O Banco de Inglaterra (BoE) subiu a taxa de juro diretora em 25 pontos base para 1%, em linha com o estimado pelos analistas e naquela que foi a maior subida desde 2009. Esta é o quarto aumento consecutivo da taxa de juro feita por este banco central. Na reunião de março, o BoE já tinha aumentado as taxas de juro também em 25 pontos base, regressando aos níveis pré-pandemia.

A decisão foi apoiada por seis membros- Andrew Bailey, Ben Broadbent, Jon Cunliffe, Huw Pill, Dave Ramsden e Silvana Tenreyro - dos nove que compõe o Comité de Política Monetária britânico. Os restantes três defenderam uma subida mais agressiva, de 50 pontos base, para 1,25%.

O BoE sublinha que nos últimos tempos "a inflação se intensificou acentuadamente depois da invasão russa à Ucrânia, o que levou a uma redução das perspetivas de crescimento quer da economia mundial quer da economia britânica". 

Por outro lado, "a preocupação sobre a crise nas cadeias de abastecimento também aumentou, devido à guerra na Ucrânia e à nova onda de covid-19 na China".

A decisão do banco central inglês acontece num momento em que a escalada da inflação está no centro das atenções. Em março, o 
índice de preços no consumidor do Reino Unido subiu para 7% em março, contra 6,2% no mês anterior, a taxa mais alta desde 1992 e um ponto percentual acima do esperado pelo Banco Central.

Além disso, a instituição liderada por Andrew Bailey reitera o compromisso de reduzir o balanço recorrendo mesmo à venda de obrigações contidas no programa de compra de ativos, "Asset Purchase Facility".

Atualmente o programa conta com 867 mil milhões de libras em ativos (1,02 bilião de euros ao câmbio atual), dos quais 847 mil milhões de libras (996,92 mil milhões de euros) se referem a títulos do tesouro britânico e 19,6 mil milhões de libras (23,07 mil milhões de euros) a obrigações de empresas.

Economia britânica abranda e inflação acelera

No relatório publicado esta quinta-feira, os membros do Banco de Inglaterra projetam que este ano a inflação suba para "para pouco mais de 9% no segundo trimestre e acima dos 10% no pico do quarto trimestre". Ainda assim acreditam que o galopar do índice de preços se "irá dissipar ao longo do tempo", prevendo que a inflação fique ligeiramente abaixo da meta dos 2% nos próximos dois anos e que caia para 1,3% em três anos.

 

No que toca à evolução da economia, o Banco Central acredita que o PIB britânico deve "abrandar acentuadamente" devido ao impacto do disparo dos preços da energia e dos bens no poder de compra das famílias de na margem de lucro de muitas empresas britânicas.

No que toca à taxa de desemprego, os membros do BoE estimam que, apesar de esta provavelmente cair a curto prazo, deve aumentar nos próximos três anos, devido ao abrandamento económico.

(Notícia atualizada)

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