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Pomba do BCE conquistada pela ala falcão. Taxas de juro podem subir 25 pontos base

Olli Rehn, governador do Banco da Finlândia, conhecido por pertencer à ala "dovish" do BCE, parece ter mudado de posição ao afirmar que "parece justificado aumentar as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais".

Reuters
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Os falcões estão a conquistar as pombas no seio do conselho do Banco Central Europeu (BCE), à medida que a inflação galopa na zona euro à boleia dos preços da energia, apontando para uma subida inesperada das taxas de juro já em julho.

 

Olli Rehn, governador do Banco da Finlândia, conhecido por pertencer à ala "dovish" do BCE parece ter mudado de posição tendo afirmado, em entrevista ao jornal Helsingin Sanomat, que "parece justificado aumentar as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais".

 

"O próximo ano parece desafiante, e no pior dos casos, a zona euro pode mesmo enfrentar uma recessão, pelo que não devemos atrasar a normalização da política monetária", sublinhou o antigo Comissário Europeu para os assuntos económicos. Em abril a inflação na zona euro atingiu os 7,4%.

 

"Depois disto, a normalização da política monetária poderia continuar gradualmente e de uma forma preventiva". Esta semana o membro do conselho executivo do banco central da zona euro, Isabel Schnabel, sugeriu também que as taxas de juro poderiam subir e já em julho.

 

"Do ponto de vista que temos hoje, penso que é possível uma subida das taxas de juro em julho", reconheceu Schabel.

 

Ainda do lado das pombas há quem insista em bater o pé, entre eles o governador do Banco de Itália, Fabio Panetta. Em entrevista ao diário La Stampa o também responsável pelo projeto do euro digital alertou que a "economia da zona euro está estagnada".

 

BCE atrás dos EUA e do Reino Unido

 

A procissão de declarações de membros do BCE surge numa semana particularmente agitada para os mercados. Depois de esta quarta-feira, a Reserva Federal norte-americana ter anunciado a subida da taxa de fundos federais em 50 pontos base e reiterado o compromisso de redução do balanço, hoje foi a vez do Banco de Inglaterra voltar a subir as taxas de juro em 25 pontos base para 1%, o nível mais alto desde 2009.

 

Pela zona euro, Christine Lagarde já afirmou que que há "uma forte probabilidade" de a instituição subir as taxas de juro até ao fim do ano, se a inflação continuar elevada.

Os governados dos 19 Estados membros da zona euro reúnem-se em junho. O mercado aponta para uma subida das taxas de juro em julho.

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