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Membros do BCE preparam mercados para subida de juros em julho

Quatro membros do BCE fizeram declarações nas últimas 24 horas, indicando julho como um mês possível para mexer nos juros pela primeira vez em mais de uma década.

O banco central com a supervisão dos principais bancos na Zona Euro vai apertar avaliação dos gestores.
Reuters
21 de Abril de 2022 às 12:58
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O Banco Central Europeu deverá anunciar a primeira subida de juros na região em mais de uma década dentro de apenas três meses. São estas as indicações deixados por vários membros do conselho de governadores do banco central nas últimas 24 horas, preparando os investidores para este movimento.

Depois do governador do banco central da Letónia ter sinalizado ontem que a primeira subida de juros poderia materializar-se em julho, para conter os avanços da inflação – taxa disparou para 7,4% em março na Zona Euro – outros se seguiram esta quinta-feira, apontando na mesma direção.

O vice-presidente Luis de Guindos indicou que o BCE deverá conseguir concluir o programa de compra de ativos em julho, permitindo a primeira mexida nos juros no mesmo mês. Citado pela Bloomberg, o vice-presidente do BCE indicou que não há razão para não descontinuar o programa de compra de ativos em julho, apontando esse mês ou setembro como datas possíveis para a autoridade anunciar uma subida de juros.

Também Pierre Wunsch, da Bélgica, admitiu que a taxa dos depósitos, atualmente em -0,5%, poderá terminar o ano em zero ou até em valores positivos. Joachim Nagel, do Bundesbank, juntou-se a este coro, ao mencionar a possibilidade de os juros subirem no terceiro trimestre.

Estas declarações surgem num momento em que a inflação continua a acelerar. Segundo os dados divulgados esta manhã pelo Eurostat, a taxa de inflação anual atingiu os 7,4% em março, face aos 5,9% em fevereiro. 

As indicações no sentido de uma mexida nos juros em julho levou a um reajuste das expectativas do mercado, com os "traders" a atribuírem uma probabilidade de 75% de uma subida de 25 pontos base na taxa dos depósitos em julho, com a taxa a subir para zero em outubro e não no final do ano, como antes antecipavam.

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