Notícia
Fabio Panetta vem em reforço de Lagarde: "há que evitar retirada precipitada de estímulos"
Depois de Christine Lagarde, foi agora a vez de Fabio Panetta, membro da comissão executiva do BCE, reforçar a ideia de que ainda é cedo para retirar os estímulos do terreno.
Por duas vezes na mesma tarde, os responsáveis do Banco Central Europeu reafirmaram a importância de manter, por enquanto, uma política monetária acomodatícia no terreno. Fabio Panetta, membro da Comissão Executiva do BCE frisou que é preciso manter as medidas que suportam a procura, evitando uma retirada precipitada dos estímulos.
No fecho de um painel de debate sobre o impacto do aumento do endividamento empresarial no cenário macroeconómico, o responsável fez questão de retirar uma mensagem da investigação económica diretamente para o BCE. Panetta defendeu que a melhor forma de evitar que o endividamento se transforme num problema com impacto na economia real é "suportar a procura agregada, evitando a retirada precipitada dos estímulos que poderia levar a falências e começar um ciclo vicioso".
O responsável defendeu ainda que é fundamental avançar para uma estandardização dos modelos de insolvência das empresas, avançando para um mercado de capitais.
As declarações de Fabio Panetta chegam num contexto em que a inflação na zona euro disparou (atingiu os 3% em agosto), lançando dúvidas sobre por quanto mais tempo vai o Banco Central Europeu manter no terreno a sua política extraordinariamente acomodatícia.
Ao início da tarde, a presidente do BCE, Christine Lagarde, já tinha reafirmado que interpreta a atual subida como "temporária", tendo defendido que é preciso "evitar sobre reagir" e manter uma política "acomodatícia", até que as expectativas fundadas de inflação se aproximem dos 2% – o que considera que ainda está longe de acontecer.
Lagarde deu vários motivos para a subida de curto prazo na inflação e sublinhou que os preços estão num nível idêntico ao do pré-pandemia.
No fecho de um painel de debate sobre o impacto do aumento do endividamento empresarial no cenário macroeconómico, o responsável fez questão de retirar uma mensagem da investigação económica diretamente para o BCE. Panetta defendeu que a melhor forma de evitar que o endividamento se transforme num problema com impacto na economia real é "suportar a procura agregada, evitando a retirada precipitada dos estímulos que poderia levar a falências e começar um ciclo vicioso".
As declarações de Fabio Panetta chegam num contexto em que a inflação na zona euro disparou (atingiu os 3% em agosto), lançando dúvidas sobre por quanto mais tempo vai o Banco Central Europeu manter no terreno a sua política extraordinariamente acomodatícia.
Ao início da tarde, a presidente do BCE, Christine Lagarde, já tinha reafirmado que interpreta a atual subida como "temporária", tendo defendido que é preciso "evitar sobre reagir" e manter uma política "acomodatícia", até que as expectativas fundadas de inflação se aproximem dos 2% – o que considera que ainda está longe de acontecer.
Lagarde deu vários motivos para a subida de curto prazo na inflação e sublinhou que os preços estão num nível idêntico ao do pré-pandemia.