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Trump faltou a Davos, mas levou recados de Merkel e Wang

O Presidente dos Estados Unidos cancelou a ida ao Fórum Económico Mundial. Mas não saiu dos discursos da chanceler alemã nem do vice-presidente chinês.

Reuters
23 de Janeiro de 2019 às 21:07
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"Rejeitamos as práticas de os mais fortes fazerem bullying com os mais fracos e de supremacia auto-proclamada," disse Wang Qishan, ontem, no Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, na Suíça. O vice-presidente da China não nomeou abertamente Donald Trump, mas o recado foi direto para os Estados Unidos.

"Atirar a culpa dos seus problemas para os outros não vai resolver os problemas", somou o responsável, citado pela Bloomberg. Num discurso sobre a história económica chinesa e a globalização, o vice-presidente da China criticou o protecionismo e defendeu que a solução está em "tornar o bolo maior ao mesmo tempo que se procuram formas de o dividir de modo mais equitativo".

Wang reconheceu que a globalização ajudou a China ganhar prosperidade, passando de um país pobre e agrário para uma potência com enorme poder de compra. Mas lembrou que foi esse mesmo movimento que permitiu "desbloquear um potencial de mercado que ninguém se pode dar ao luxo de ignorar".

Donald Trump cancelou a sua ida a Davos este ano. Mas o presidente chinês, Xi Jinping também não estava presente. Angela Merkel, chanceler alemã, ganhou o palco.

A líder da maior economia da União Europeia também se referiu de forma indireta à política de Donald Trump. Segundo a Bloomberg, a chanceler responsabilizou, pelo menos em parte, o presidente dos Estados Unidos pela subida dos riscos, que é visível nas "disrupções e incertezas" em instituições multilaterais, provocadas por um comportamento imprevisível por parte de Trump.

Do mesmo modo, também presidentes executivos de grandes empresas criticaram a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, avisando que está a prejudicar os negócios e que pode agravar a mudança do ciclo económico, acentuando o abrandamento. "A guerra comercial está a ser muito prejudicial à economia agrícola dos Estados Unidos", assegurou David MacLennan, diretor executivo do gigante alimentar Cargill.
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