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Wang Qishan: China e Estados Unidos "indispensáveis um ao outro"
O vice-presidente chinês, Wang Qishan, assegurou esta quarta-feira, em Davos, que a China e os Estados Unidos são "indispensáveis um ao outro", num momento em que as duas maiores potências económicas do mundo prosseguem negociações comerciais de elevado risco.
Wang Qishan, que este ano lidera a delegação chinesa ao Fórum Económico Mundial, declarou que as duas primeiras economias mundiais "são indispensáveis uma à outra" e apelou a estabelecimento de uma relação "ganhador-ganhador".
"Qualquer confrontação é nefasta para os interesses das duas partes", considerou ainda.
Os mercados registaram na terça-feira uma atividade febril e relacionada com as discussões destinadas a pôr termo à guerra comercial. Em causa informações dos media, segundo as quais a administração norte-americana recusou promover esta semana, em Washington, reuniões com enviados chineses.
A Casa Branca desmentiu. E hoje, a agência Bloomberg publicava pelo contrário uma informação mais encorajante, ao anunciar que a China poderá adquirir até sete milhões de toneladas de trigo norte-americano.
O chefe da delegação de Pequim a Davos também considerou que o crescimento chinês, que em 2018 caiu para o nível mais baixo em quase 30 anos, não permanece menos "significativo", com 6,6%. E considerou que o número "não é de todo baixo".
Os sinais contraditórios em torno da conjuntura chinesa têm dominado parte considerável das discussões em Davos e onde até ao fim de semana, à semelhança do que sucede anualmente, se reúne a elite da economia e da finança mundial.