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Trump recusa encontro com a China devido a falta de progresso nas negociações

A administração norte-americana recusou a oferta de dois vice-primeiros-ministros que pretendiam viajar para os EUA a fim de iniciar conversações preparatórias de um acordo comercial.

Reuters
22 de Janeiro de 2019 às 18:31
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Novo volte-face nas conversações entre os Estados Unidos e a China com vista a um acordo comercial que permita equilibrar a relação entre as duas maiores economias mundiais. De acordo com o Financial Times, a administração liderada por Donald Trump recusou a proposta de Pequim para que dois vice-primeiros-ministros (Wang Shouwen eLiao Min) viajassem, ainda esta semana, para os EUA para conversações preparatórias de um acordo comercial entre os dois países. 

Segundo a mesma publicação, a Casa Branca enjeitou a oferta chinesa devido à ausência de progresso nas conversações em curso, o que vem agravar as dúvidas quanto à possibilidade de um acordo entre as partes antes da data-limite definida para o próximo dia 1 de março, momento a partir do qual entram a tarifa aduaneira aplicada a cerca de metade os produtos importantes na China passa dos atuais 10% para 25%.  

O presidente Donald Trump estará sobretudo agastado com a inexistência de avanços em duas questões consideradas essenciais: as chamadas transferências "forçadas" de tecnologia de empresas americanas para companhias chinesas e as reformas "estruturais" na economia chinesa, designadamente os apoios estatais concedidos por Pequim às empresas nacionais, algo que Washington considera uma discriminação face ao investimento estrangeiro. 

Em paralelo, prosseguem os preparativos da visita oficial do vice-presidente chinês Liu He a Washington, altura em que se esperava haver condições para um acordo entre as partes.

Este aparente distanciamento na negociação para contrariar os sinais de aproximação conhecidos há uma semana. No passado dia 18 de janeiro, a Bloomberg, citando fontes anónimas conhecedoras da negociação em curso entre Washington e Pequim, noticiou que as autoridades chinesas teriam colocado em cima da mesa a possibilidade de avançar com um plano de reforço das importações de bens norte-americanos capaz de, num período de seis anos, acabar com o défice comercial dos EUA relativamente à China. 

No dia seguinte, Donald Trump disse que a negociação com a China "corre muito bem" e que a obtenção de um acordo "pode perfeitamente acontecer" antes de 1 de março. 

(Notícia atualizada às 18:47)

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