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Tecnológicas e multinacionais dão cartão vermelho a Wall Street à boleia da China e do abrandamento económico

As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, devido aos novos sinais de que as tensões comerciais entre os EUA e a China vão continuar, o que penalizou sobretudo as tecnológicas e as multinacionais.

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O Dow Jones encerrou a recuar 1,22% para 24.405,29 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 1,42% para 2.632,90 pontos.

 

Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 1,91% para 7.020,36 pontos, depois de ter chegado a cair mais de 2%.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico regressaram hoje à negociação, depois de terem estado encerradas no arranque da semana para celebração do feriado do Dia de Martin Luther King Jr. E o regresso foi marcado por perdas, as mais acentuadas em quase três semanas.

 

Os principais índices de Wall Street foram penalizados pelo facto de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter recusado um encontro com a China devido à falta de progresso nas negociações comerciais entre as duas partes.

 

De acordo com o Financial Times, a administração liderada por Donald Trump recusou a proposta de Pequim para que dois vice-primeiros-ministros (Wang Shouwen e Liao Min) viajassem, ainda esta semana, para os EUA para conversações preparatórias de um acordo comercial entre os dois países. 

 

Segundo a mesma publicação, a Casa Branca declinou a oferta chinesa devido à ausência de progresso nas conversações em curso, o que vem agravar as dúvidas quanto à possibilidade de um acordo entre as partes antes da data-limite definida para o próximo dia 1 de março, momento a partir do qual entram a tarifa aduaneira aplicada a cerca de metade os produtos importantes na China passa dos atuais 10% para 25%.  

 

Estas informações penalizaram sobretudo as tecnológicas e multinacionais que contam com a China para grande parte das suas receitas.

 

Nas tecnologias, o subsetor das fabricantes de microchips afundou mais de 3%m com todos os membros do Philadelphia Semiconductor Index no vermelho. O Nasdaq acabou assim por ser o índice mais penalizado em Wall Street.

A eBay, que chegou a disparar mais de 9%, após a entrada do fundo "abutre" Elliott na empresa, acabou por conseguir conter parte das perdas nas tecnologias mas não foi o suficiente para impedir que o Nasdaq fechasse em baixa, até porque a dona da plataforma de leilões online reduziu parte dos ganhos da sessão ao terminar a subir 6,13% para 32,90 dólares.

 

O fundo Elliot passou a deter mais de 4% da Ebay e enviou uma carta à administração a defender que é preciso implementar mudanças. 

 

Entre as grandes multinacionais, destaque para as quedas da Caterpillar e da DowDuPont, que pressionaram fortemente o Dow Jones.

 

Além do efeito China, também os novos dados económicos divulgados nos EUA intensificaram as preocupações dos investidores ao confirmarem o que se receava: que a retoma da economia global poderá estar perto do fim.

 

Além da clara desaceleração na China (a crescer ao ritmo mais lento de quase três décadas), também os EUA estão a dar sinais de abrandamento. Hoje ficou a saber-se que as vendas de casas em segunda mão, no país, registaram em dezembro o seu pior mês em mais de três anos.

 

Além do mais, o Fundo Monetário Internacional advertiu para o facto de as tensões comerciais ameaçarem abrandar ainda mais o crescimento económico a nível mundial.

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